O Deus de Spinoza

O Deus de Spinoza



Nascido em Amsterdã, na Holanda, em 24 de novembro de 1632, Baruch Spinoza (ou Benedito Espinoza) era descendente de judeus de origem portuguesa.

Ele foi um filósofo holandês de origem sefardita portuguesa, nascido de uma família que havia fugido da inquisição lusitana. Um dos primeiros pensadores do Iluminismo e da crítica bíblica moderna, incluindo das modernas concepções de si mesmo e do universo, ele veio a ser considerado um dos grandes racionalistas da filosofia do século XVII.

Conta-se que quando perguntaram a Einstein se ele acreditava em Deus, ele respondeu: “Acredito no Deus de Spinoza, que se revela por si mesmo na harmonia de tudo o que existe, não no Deus que se interessa pela sorte e pelas ações dos homens”.
Abaixo, para sua meditação, o texto chamado  "O Deus de Spinoza" ao qual Einstein se referia.



"Para de ficar rezando e batendo no peito. O que eu quero que faças é que saias pelo mundo, desfrutes de tua vida. Eu quero que gozes, cantes, te divirtas e que desfrutes de tudo o que Eu fiz para ti. 

Para de ir a estes templos lúgubres, obscuros e frios que tu mesmo construíste e que acreditas ser a minha casa. Minha casa está nas montanhas, nos bosques, nos rios, nas praias. Aí é onde eu vivo e expresso o meu amor por ti. 

Para de me culpar pela tua vida miserável; eu nunca te disse que eras um pecador. Para de ficar lendo supostas escrituras sagradas que nada têm a ver comigo. Se não podes me ler num amanhecer, numa paisagem, no olhar dos teus amigos, nos olhos de teu filhinho... não me encontrarás em nenhum livro... 

Para de tanto ter medo de mim. Eu não te julgo, nem te critico, nem me irrito, nem me incomodo, nem te castigo. Eu sou puro amor. 

Para de me pedir perdão. Não há nada a perdoar. Se Eu te fiz... Eu te enchi de paixões, de limitações, de prazeres, de sentimentos, de necessidades, de incoerências, de livre-arbítrio. Como posso te castigar por seres como és, se sou Eu quem te fez? Crês que eu poderia criar um lugar para queimar a todos os meus filhos que não se comportam bem pelo resto da eternidade? Que tipo de Deus pode fazer isso? 

Esquece qualquer tipo de mandamento, são artimanhas para te manipular, para te controlar, que só geram culpa em ti. Respeita o teu próximo e não faças aos outros o que não queiras para ti.  A única coisa que te peço é que prestes atenção à tua vida; que teu estado de alerta seja o teu guia. Tu és absolutamente livre para fazer da tua vida um céu ou um inferno. 

Para de crer em mim . . . crer é supor, imaginar. Eu não quero que acredites em mim. Quero que me sintas em ti quando beijas tua amada, quando agasalhas tua filhinha, quando acaricias teu cachorro, quando tomas banho de mar. 

Para de louvar-me! Que tipo de Deus ególatra tu acreditas que Eu seja? 
Tu te sentes grato? Demonstra-o cuidando de ti, da tua saúde, das tuas relações, do mundo. 
Expressa tua alegria! Esse é o jeito de me louvar. 

Para de complicar as coisas e de repetir como papagaio o que te ensinaram sobre mim. 
Não me procures fora! Não me acharás. 
Procura-me dentro... aí é que estou, dentro de ti."


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A Acácia na Maçonaria

 A Acácia na Maçonaria 

Acácia Vera Mimosa Nilotica.  A Árvore chamada de Babul da Índia. Ou, mais comumente no ocidente, a acácia. Muitos dos símbolos mais conhecidos da Maçonaria são objetos feitos pelo homem, como o esquadro e as compasso ou a pedra angular. No entanto, os maçons também se voltaram para a natureza para ajudar a criar e contextualizar nossas filosofias. Acácia, uma árvore sempre verde que pode ser encontrada em toda a África e no Oriente Médio, é um exemplo. Dada a sua rica história e significado dentro do judaísmo, esta árvore é um símbolo interessante digno de um exame mais aprofundado. 

A Acácia é um gênero diversificado de árvores que podem ser encontrados em climas quentes em todo o mundo. 

 

O que é Acácia? 


Acácia é um gênero de 160 espécies de árvores e arbustos da família de ervilhas (Fabaceae) que são nativas de regiões tropicais e subtropicais do mundo. Com suas muitas variações, a acácia oferece à humanidade muitos usos. Algumas variedades foram escolhidas por sua madeira para construir armas, casas e móveis. Além disso, a seiva endurecida da árvore de acácia – ou goma de acácia – tem uma ampla gama de usos, incluindo um emulsificante em alimentos, uma pasta para pintura aquarela e um aditivo para esmaltes cerâmicos, para citar alguns. Considerando essa ampla gama de aplicações, não é de admirar que os humanos tenham uma história tão antiga e próxima com essas plantas. 

 

Evergreen antigo 


Ao discutir a acácia e seus laços com a maçonaria, nos referimos à vachellia tortilis.  Esta espécie de acácia cresce em todo o norte e leste da África, bem como em todo o Oriente Médio. É uma planta perfumada e altamente resistente, abundante ao redor de Jerusalém até hoje e mais conhecida por sua conexão bíblica. 

Conhecido em hebraico como "shittim", Deus ordenou a Moisés que usasse esta árvore para construir a Arca da Aliança, na qual ele colocou as tábuas de pedra carregando os Dez Mandamentos. Êxodo 37 descreve a criação usando shittim, e sua colocação no Santo dos Santos (Sanctum Sanctorum) no Templo de Salomão depois que foi construído. 


Inserindo imagem... 

Moisés e Josué ajoelham-se diante da Arca da Aliança. Pintura de James Tissot, c. 1900 



O significado da acácia ao longo da história não é apenas específico para a Bíblia. Tanto os antigos hebreus quanto os egípcios consideravam a árvore um símbolo de imortalidade por causa de sua dureza, durabilidade e natureza sempre verde. Há muito tempo, os israelitas plantavam um ramo de acácia na cabeça de túmulos para refletir essa crença (e para marcar o local do enterro). 

 

Significado Maçônico 


Dado que Deus escolheu a acácia como árvore para a construção da Arca da Aliança, o povo judeu há muito a considera a mais sagrada das árvores. É compreensível, então, que os primeiros maçons enfatizassem a santidade e o simbolismo desta planta usando-a para ensinar uma verdade divina desde o início. 

Como os antigos egípcios e israelitas, o ramo da acácia simboliza principalmente a imortalidade da alma quando ela é apresentada a um Mestre Maçom. A qualidade sempre verde da árvore reflete o espírito humano, a parte imortal de nós que nunca pode morrer. Essa noção é apresentada no encerramento da palestra inicial do Terceiro Grau. Durante o qual é explicado que somos fortalecidos pelo "emblema sempre verde e sempre vivo da imortalidade, a acácia". 

Está entre os símbolos mais bonitos do nosso ofício associar o espírito humano à resiliência e versatilidade desta planta. Tem sido apreciado por culturas por milhares de anos, fornecendo um doce perfume e recursos vitais para as pessoas em alguns dos ambientes mais inóspitos do mundo. Sabendo disso, a reverência pela acácia é fácil de entender. Para resumir seu significado dentro da Maçonaria, um irmão anônimo elegantemente escreveu sobre a acácia em um resumo: 


Por pelo menos duzentos anos e provavelmente muito mais tempo, o ramo de acácia tem mantido vivo o ensinamento principal da Maçonaria. O túmulo não é o fim. Corpos morrem e decaem, mas algo "que carrega a afinidade mais próxima com aquelE que permeia toda a natureza e que nunca, nunca, morre", se levanta do túmulo para se tornar parte daquela vasta multidão que nos precedeu. O erro pode matar, assim como a ganância má e egoísta, mas não permanentemente. O que é verdadeiro, justo e correto não pode ser destruído. Seu corpo pode ser assassinado, seu desaparecimento pode ser providenciado, o lixo do Templo e uma sepultura temporária podem escondê-lo por um tempo, mas onde é enterrado o que é mortal, cresce um ramo sempre verde ou sempre vivo de acácia – Uma acácia, no entanto, que é um ramo espiritual, uma planta não da terra,  mas celeste. 




 Tradução: Paulo Maurício M. Magalhães

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