O que é justiça-reflexões maçonicas

 O que é Justiça
Reflexões Maçônicas


Já desde os graus simbólicos, nossa ordem valoriza o ser justo; por esta razão traremos aqui algumas ideias para refletirmos, sem, no entanto, termos a pretensão de responder ou definir totalmente tão amplo e complexo conceito filosófico.

Michael Sandel [1], filósofo de Harvard, inicia seu livro “Justiça: o que é fazer a coisa certa?”, dando o seguinte exemplo: 

Há um veículo desgovernado que está prestes a atropelar e matar um grupo de quatro pessoas. A única alternativa do motorista é virar o volante para a direita, o que acarreta, necessariamente, a morte de uma pessoa.

Ao questionar para o auditório o que cada um faria, parece prevalecer a opinião de que é melhor matar apenas uma pessoa do que matar quatro.


Então, ele muda um pouco o exemplo: ainda há um veículo desgovernado indo de encontro a quatro pessoas. Agora, porém, o motorista não tem alternativa. Ocorre que esse veículo está passando por baixo de um viaduto e você [no caso as pessoas do auditório] está em cima desse viaduto ao lado de uma pessoa obesa. Você pode impedir a morte das quatro pessoas se empurrar a pessoa obesa do viaduto e fazê-la cair na frente do veículo, o que acarretará a morte dessa pessoa.

Nesse exemplo, contudo, a conclusão anterior de que é melhor morrer uma pessoa do que quatro começa a ser questionada.

Mais adiante, o autor relata uma situação em que há quatro doentes em um hospital esperando um transplante, sem o qual eles irão falecer. Em uma sala ao lado, há um jovem cochilando, que é saudável e doador compatível. Novamente o autor questiona se seria melhor matar esse jovem para retirar seus órgãos e salvar as quatro pessoas.

Esses exemplos ainda podem ser alterados. No primeiro exemplo, poder-se-ia trazer qualidades para as pessoas, ou seja, descrever que o grupo de quatro pessoas tem determinadas qualidades e o indivíduo sozinho tem outras. Assim, a conclusão poderia mudar, conforme fossem crianças, trabalhadores, criminosos, moribundos etc. [2].

Muitos exemplos poderiam ser dados e muitos paradoxos levantados. Em geral veríamos uma dicotomia básica na qual buscaríamos o máximo de bem com o mínimo de mal (uma visão mais utilitarista como preconiza Bentham [3]) ou entendendo que uma regra sempre deve ser cumprida (seguindo a visão moralista de Kant [4]). Mas talvez a lei natural máxima seja a visão taoísta do equilíbrio, do balanço que faz o universo se mover; sem o qual acreditaríamos em uma verdade absoluta, em uma solução padrão para todos os problemas.

Da mesma forma, segundo Aristóteles, “a virtude (quesito essencial para a justiça) é, então, uma disposição de caráter relacionada com a escolha de ações e paixões, e consistente numa mediana, isto é, a mediana relativa a nós, que é determinada por um princípio racional próprio do homem dotado de sabedoria prática.” Prossegue o filósofo dizendo que “é um meio-termo entre dois vícios, um por excesso e outro por falta...”  

Mas será que são apenas dois elementos a serem considerados? Anaximandro [5], filósofo grego, entende que há uma certa proporção de fogo, terra, água e ar em tudo no universo. Cada um desses elementos tenta perpetuamente aumentar o seu império. Existe, no entanto, uma lei natural, a Justiça, a qual é responsável pela manutenção do balanço, conservando os elementos dentro dos limites eternamente estabelecidos. 

O homem moderno usualmente rejeita estes conceitos como anacrônicos, mas o iniciado pode, à luz do simbolismo maçônico, avaliar esta lição da sabedoria antiga. Ao considerarmos a Justiça como a lei que rege as quatro essências do mundo material, o quaternário, consideramo-la como uma manifestação própria da quintessência, condição do equilíbrio universal, manifestação da lei maior da natureza [6].

Assim, a justiça traz como requisito a sabedoria, pois demanda conhecimento e equilíbrio. A severidade não pode sobrepor ao perdão, nem o perdão se reverter em impunidade. Devemos nos lembrar que, ao lado do “olho por olho, dente por dente”, temos também o ensinamento do Cristo “mostra-lhe a outra face”.

Sob esta perspectiva ser justo não é tratar a todos exatamente iguais, mas diferenciá-los segundo suas particularidades, como nos ensinou o mestre Salomão, no caso do bebê com duas mães (Reis 9,16-23).  Em outras palavras é necessário conhecer todas as vertentes da questão em tela. 

Assim entendendo, podemos concluir que somente o GADU é realmente justo, pois somente ele tudo conhece e, assim, pode decidir com a verdadeira justiça.  Tomemos o caso do Dilúvio ou de Sodoma e Gomorra. Foi justiça ou genocídio?  Temos os dados para avaliar tais casos?  Desta forma, enquanto homens e maçons, devemos saber que meditar e rezar é parte de buscar ser justo; pois, em verdade, nosso conhecimento limitado não nos permitiria ser justo.  Por mais que tenhamos a centelha divina do “bon savage” de Rousseau [7], somos também falhos e incompletos de origem, como nos lembra Thomas Hobbes [8] e mesmo Martines Paschoally [9] em seu tratado da reintegração dos seres.

Outra reflexão interessante pode ser tirada de um conto de Sun Tzu em "A Arte da Guerra." Um príncipe estava reocupando um território tomado por seus inimigos. Como o povo que lá estava era seu povo, ele havia proibido terminantemente os saques sob pena de morte. Quando seu cavalo se descontrola e destrói o milharal de um pequeno agricultor, ele passa o comando para seu General e está prestes a se matar. Acaba sendo interrompido e convencido a apenas raspar a cabeça para mostrar que a lei também valia para ele.  

Neste conto, Sun Tzu [10] falava da disciplina e mostrava que ela depende da justiça do comandante e que para ser justa, uma regra tem que ser universal.  Portanto, o aplicador da justiça, seja ele príncipe, juiz ou simplesmente um chefe, não pode estar acima da lei, atribuindo mais uma vez à Justiça uma propriedade universal e divina. Gaston Courtois [11], em seu livro “A Arte de Ser Chefe”, já nos lembra que o chefe justo deve respeitar a hierarquia, reconhecer seus erros e manter a retidão; nos ratificando que o aplicador da justiça deve ser exigente consigo mesmo ou não será justo já de saída.

Temos que considerar ainda, que a justiça nos fala não somente de um veredicto, mas de uma sentença. Como exemplo, tomemos uma pessoa que furtou uma galinha. Certamente não seria justo condená-la à morte por tortura. Como vemos, a justiça também nos fala de intensidade. A justiça não é vingança! A justiça deve buscar reparar o mal que foi feito (enfoque civil), punir a atitude incorreta (efeito educativo) e evitar a reincidência dos contumazes (efeito protetivo).  

Portanto, “compensar” um assassinato com a morte do assassino, como a Lei de Talião,
não é a solução do problema. Apenas sana a sede de vingança.  Mas será que serviria para proteger outras vítimas de um assassino incorrigível? Este é um dilema ético muito grande para este pequeno trabalho.

Há quem diga que ser justo é seguir a lei. Mas será que somente isso basta? Será que as leis são sempre justas? Lembremos que o holocausto judeu foi feito pela lei; que as “casas de conforto” do governo de ocupação japonês também eram legais em seu contexto de espaço e tempo.  

Segundo Thersimacus, um filósofo grego, só existe um princípio de Justiça: o interesse do poder mais forte. Segundo esta visão, ainda sustentada por muitos em nossos dias, injustiça para os mais fracos é desobedecer aos interesses dos poderosos. Mesmo hoje em dia, governos muçulmanos que sejam radicais na aplicação da Xaria [12] ainda condenam pessoas à chibatadas, perda de membros ou mesmo morte por apedrejamento.  Será que estas leis são justas?

Tomemos algo mais simples como a lei de cotas em nosso país; ela é justa? Cabe lembrar que já colocamos aqui que a verdadeira justiça vem de Deus. Não “um” Deus, mas “O” Deus. Todavia, as leis são feitas segundo um conjunto de preceitos morais e éticos reflexo dos valores de cada civilização e cultura. 

Com isso, toda a legislação tem que mudar para refletir a evolução (espera-se) moral daquele povo. Todas elas podem ser éticas no momento de sua confecção, mas fadadas a caducarem à medida que aquele povo evolui. Mas não há, então, a justiça absoluta e definitiva? Na visão deste irmão há sim; todavia ela está além de nosso estado hoje; devemos buscá-la sempre, mas sabendo que não chegaremos lá.

Em nosso âmbito maçônico a preocupação com a igualdade e a justiça está presente desde as origens. Desde as constituições, passando pelo manuscrito régio e plasmada nos Landmarks a justiça é um desejo presente até hoje na fala final de todo o Or.’. de loja. Ser maçom é buscar ser justo e perfeito. 

O rei Salomão, inicialmente, tomara como modelo jurídico toda a legislação deixada por Moisés ampliando-a caso a caso, de conformidade com o seu conceito pessoal, já que era, graças à graça divina, um homem pleno de sabedoria. Lemos no Salmo 11 “Porque o Senhor é Justo e ama a Justiça; o seu rosto está voltado para os retos”. O conceito de Justiça hebreu é um conceito religioso, sendo o alicerce da Justiça, que é o Direito, a própria “pessoa” de Jeová. 

Como vemos, já naquele contexto a justiça de Salomão era amparada na sabedoria e na fé. Entretanto, consoante com a evolução cultural que falamos. esta é diferente da justiça do Novo Testamento. Lá se vê em Mateus 7,1-5 “Não julgueis, para que não sejais julgados, e com a medida com que tiverdes medido vos hão de medir a vós. E por que reparas tu no argueiro que está nos olhos de teu irmão, e não vês a trave que está no teu olho? Ou como dirás a teu irmão: deixa-me tirar o argueiro do teu olho, estando uma trave no teu? “Hipócrita, tira primeiro a trave do teu olho, e então, cuidarás em tirar o argueiro do olho do teu irmão”.

Observa-se neste ponto uma justiça mais caridosa e igualitária.  Cabe-nos desta forma buscar o significado universal e eterno desta sabedoria, pois ela também reflete uma situação específica em seu tempo e espaço; do contrário teríamos de seguir até hoje a lei mosaica codificada em Números e Deuteronômio.

Ao longo deste pequeno trabalho, abordamos vários pontos pertinentes ao conceito de Justiça, sem ter conseguido abarcar toda a sua complexidade. Após estas reflexões, entendo que a Justiça é como a verdadeira Sabedoria... um ideal. Como nos dizia Teilhard de Chardin [14] ao nos falar da espiral eterna da evolução; assim é com a busca da Justiça; vamos evoluir e melhorar eternamente sem jamais chegar a um fim. 

A Justiça é uma caminhada, não um lugar ao qual vamos chegar. É a busca por educar, punir, proteger, compensar, equilibrar etc.  Como reflexo de nossa moral ela não é e nem pode ser travada, fossilizada; tem que evoluir em busca do religare; do nosso verdadeiro reencontro com a Moral e a Justiça do GADU.


Paulo Maurício M. Magalhães - MM - MRA - FRC

REFERÊNCIAS


[1] Michael J. Sandel (1953) é um filósofo, escritor, professor universitário, ensaísta, conferencista e palestrante estadunidense,[1] que ficou reconhecido internacionalmente pelo seus livros Justiça - O que é fazer a coisa certa? (2010) e Liberalismo e os limites da Justiça (1982). Seu mais recente livro chama-se O que o dinheiro não compra - os limites morais do mercado (2012).

[2] Do Trabalho “uma noção de justiça” por Leandro Sarai CIM 263809 disponível na rede GOSP

[3] Jeremy Bentham (17481832) foi filósofo, jurista e um dos últimos iluministas a propor a construção de um sistema de filosofia moral, não apenas formal e especulativa, mas com a preocupação radical de alcançar uma solução a prática exercida pela sociedade de sua época. As propostas têm, portanto, caráter filosófico, reformador, e sistemático.

[4] Immanuel Kant (17241804) foi um filósofo prussiano. Amplamente considerado como o principal filósofo da era moderna, Kant operou, na epistemologia, uma síntese entre o racionalismo continental, e a tradição empírica inglesa. Kant é famoso sobretudo pela elaboração do denominado idealismo transcendental.

[5] Anaximandro (a.C.610546 a.C.[1]) foi um geógrafo, matemático, astrônomo, político e filósofo pré-Socrático; discípulo de Tales, seguiu a escola jônica. Os relatos doxográficos nos dão conta de que escreveu um livro intitulado "Sobre a Natureza"; contudo, essa obra se perdeu.

[6] Trabalho “A justiça” do Ir Carlos Tsukada disponível na rede GOSP

[7] Jean-Jacques Rousseau, (17121778), foi um importante filósofo, teórico político, escritor e compositor autodidata suíço, um dos principais filósofos do iluminismo. Para ele, as instituições educativas corrompem o homem e tiram-lhe a liberdade. Para ele seria preciso educar a criança de acordo com a Natureza, desenvolvendo progressivamente seus sentidos e a razão com vistas à liberdade e à capacidade de julgar.

[8] Thomas Hobbes (5 de abril de 15884 de dezembro de 1679) foi um matemático, teórico político e filósofo inglês, autor de Leviatã (1651) e Do cidadão (1651). Na obra Leviatã, explanou os seus pontos de vista sobre a natureza humana e sobre a necessidade de um governo e de uma sociedade fortes.

[9] Jacques de Livron Joachin de la Tour de la Casa Martinez de Pasqually (1727 - 1779) foi um maçom francês. Herdou de seu pai, aos 28 anos, o cargo de Grão-Mestre Delegado,(outorgado pelo Rei Charles Stuart) com autoridade para levantar templos para o Grande Arquiteto do Universo, anos. Escreveu o livro: Tratado da Reintegração dos Seres, onde comenta o Pentateuco.

[10] Sun Tzu (544 a.C. - 496 a.C.) foi um general, estrategista e filósofo chinês. Sun Tzu é mais conhecido por sua obra A Arte da Guerra, composta por 13 capítulos de estratégias militares.

[11] Gaston Courtois é um eclesiástico francês nascido em 1897, morreu em 22 de de Setembro de 1970 , Fundador do movimento de corações Valentes.

[12] A xaria, xária, xariá (do árabe sendo lido como sharīʿah, "legislação"), também erroneamente grafado sharia, shariah, shari'a ou syariah, é o nome dado ao direito islâmico.

[13] Há uma distinção a fazer entre os vocábulos “Preboste” e “Juiz”, sendo que o primeiro diz respeito a uma Justiça Militar e o segundo a uma Justiça civil. O termo preboste nos vem do francês medieval e designa um magistrado militar existente nos corpos do exército a quem eram submetidos os delitos perpetrados pelos praças. Era título distribuído também a outros ramos da administração pública. Origina-se do latim proepositus, que significa preposto, indicando, à época, o preposto do rei.

[14] Pierre Teilhard de Chardin (18811955) foi um padre jesuíta, teólogo, filósofo e paleontólogo francês que tentou construir uma visão integradora entre ciência e teologia. Através de suas obras, legou para a sua posteridade uma filosofia que reconcilia a ciência do mundo material com as forças sagradas do divino e sua teologia. Disposto a desfazer o mal entendido entre a ciência e a religião, conseguiu ser mal visto pelos representantes de ambas.


Unidade e Dualidade

Unidade e Dualidade

Traduzido e adaptado de: Square Magazine


Quando  realmente se olha para a natureza durante uma caminhada, por exemplo, ou assistindo à um documentário, vem um sentimento de absoluto temor e admiração à mera complexidade de tudo isso, 





à pura interconexão e inter-confiança de um elemento em outro. Em cada nível de detalhe, o universo funciona como um único inteiro harmonizado.
Nós humanos, no entanto, não vemos as coisas dessa maneira em nosso dia a dia. Tudo parece compartimentado e categorizado.

Isso é por uma boa razão, porque sem ser capaz de fazê-lo não poderíamos discernir a segurança do perigo, a comida de algo não comestível, eu mesmo dos outros. Em outras palavras, ver tudo através de uma lente de dualidade, onde existem opostos polares ad infinitum, nos permite diferenciar as coisas, separando o bem do mal.

Em nossas lojas, isso é notavelmente representado pelo piso mosaico. Esses quadrados preto e branco representam a grande variedade do mundo – claro e escuro, bonito e feio, bom e ruim, fácil e desafiador, para citar apenas alguns exemplos.

Nas palavras do ritual de emulação: "... Isso aponta a diversidade de objetos que decoram e enfeitam a criação, o animado, bem como as partes inanimadas."

No nosso dia-a-dia, sem sermos capazes de dar um passo para atrás e ver tudo como um todo conjunto, ficamos presos em um mundo de outros e de si mesmos (Self). Isso explica muitos dos problemas que enfrentamos hoje como espécie, onde a discriminação e a desunião estão por toda parte.

O mundo natural, onde os animais e plantas estão todos focados em suas preocupações cotidianas, sem perceber o padrão que mantém tudo junto, parece deixar uma pergunta sobre onde nós, como humanos, nos encaixamos em tudo isso. Ou mesmo se existe um padrão para nos encaixarmos. As Escrituras nos informam de uma época em que os humanos existiam em harmonia com o resto do mundo natural, em um verdadeiro paraíso chamado Éden.

Podemos ver essa história como alegórica, lançando o leitor para uma época em que a humanidade era mais simples, conactada à ordem natural, permanecendo inocente do quadro geral. Talvez, naqueles dias, os seres humanos fossem mais instintivos e sentissem conexões mais profundas com o mundo ao redor.

À medida que a história progride, há um ponto onde os personagens comem da árvore do conhecimento do bem e do mal. Se olharmos para isso em termos de dualidade, no entanto, isso não poderia representar o conhecimento de opostos, do o positivo e o negativo? Na mesma tradição é contada como, após comer a fruta, o casal tomou conhecimento de si mesmos e de sua nudez. Eles se tornaram auto-conscientes; ou seja, enxergando a si mesmo como distinto do outro.

Talvez,  isso se aponte para um ponto profundo  de nossa história psicológica, onde nós, como raça, nos tornamos conceitualmente conscientes da noção de dualismo, e desde então isso definiu nossa realidade.  Um indivíduo está ciente de si mesmo como sendo sozinho em um mundo onde qualquer decisão errada pode causar danos duradouros; um mundo hostil e estranho para nós, e a proteção do conceito de  "eu e o meu" é primordial porque ninguém mais virá para nos salvar.

Não é à toa que notícias de ansiedade e problemas de saúde mental enchem tanto nossos ouvidos, nos dias de hoje.  Na era moderna, esse modo de ser é ainda mais exacerbado pelas mídias sociais, o que nos convence de que estamos vivendo em um mundo conectado, quando isso não poderia estar mais longe da verdade.

Estamos acelerando para o polo oposto à conexão, onde os freios não parecem estar funcionando adequadamente. As massas estão compartilhando nas redes sociais um sem número de ideias organizadas em bolhas e câmaras de eco, por algoritmos que literalmente não sabem o que estão fazendo.

O resultado final? Polarização crescente de opiniões. A visão dualista tem estado conosco ao redor das gerações e está rapidamente em ascensão. Dentro deste mar tempestuoso de batalha opinião e confusão, no entanto, há uma ilha chamada Maçonaria.

Enquanto a Ordem contém símbolos que denotam dualismo e a noção de opostos polares, a lenda apresentada ao condidato, leva o herói deste estado disperso e dissociado, para um estado de verdadeira unidade. O ápice deste conto nos ensina lições sobre a morte simbólica de si mesmo e a entrada em um estado de comunhão.

Esta fraternidade é o fio condutor em toda a Maçonaria; desde as calorosas boas-vindas que recebemos antes de entrar e uma vez que jásomos iniciados na Ordem, às lições de apoio mútuo e caridade, onde somos lembrados de que devemos exercer nossos talentos para beneficiar a humanidade e agir de forma caridosa quando a necessidade surgir.

Dentro de nossa Ordem, então, há o lembrete da verdadeira realidade que ilude nossa percepção de trabalho diária: que tudo está conectado das formas mais insondáveis e complexas. Uma mudança em uma parte de um sistema é sentida por todas as outras partes desse sistema. Dito de outra forma, nenhuma pessoa é uma ilha. Talvez o segredo mais importante que podemos ganhar aprendendo esta lição  é que todos nós temos um papel a desempenhar no mundo e na vida. Tudo o que fazemos é tanto o resultado do mundo inteiro sobre nós como o  mundo inteiro sendo o resultado de nossos próprios pensamentos e ações.


E assim, continuamos, circulando em torno de nosso vasto ecossistema. Emaranhados como estamos nesta teia de simbiose, podemos realmente aprender a encontrar e expressar nosso verdadeiro  propósito, se apenas acarmarmos nossas mentes e observarmos.

Nisso há fé e esperança.


ARTIGO POR: Craig Weightman



A vida é simples! A gente é que complica!

 A vida é simples! A gente é que complica!

Recortado e adaptado de: Blog “CN” em Medium

 

Introdução

Este artigo é uma adaptação do artigo original que creditamos acima. Foi tirado de um blog de desenvolvimento pessoal, mas o paralelo com o trabalho sobre a pedra bruta é evidente.

O que me chamou a atenção é que são coisas práticas, lembranças que podem nos ajudar a crescer como pessoa e colocar nossos ideais na prática.... isso não é maçonaria?

Então vamos lá!

 

Olha... Você não tem que pensar demais!

Então, fala-se muito que a vida é complicada, que sempre temos muitas coisas para pensar, muitos ângulos para considerar. E isso é verdade. Este blog não é apenas sobre pessoas que já estão em sua jornada de autoaperfeiçoamento. Este também é um blog para pessoas que não sabem como começar ou não começaram ainda.

Todo mundo tem seus problemas. Alguns podem ter problemas mais significativos, outros podem ter pequenos problemas.

Um problema que a maioria das pessoas tem, independentemente de qualquer fator externo, é que eles complicam demais seus problemas. Ou eles acabam por piorar as coisas para eles mesmos. Claro que cada problema é diferente, eu não posso cobrir todas as coisas possíveis. O que eu vou fazer neste blog é tentar simplificar o autoaperfeiçoamento para você começar.



1.   
Se você quiser mudar seu humor - Exercite-se.  É provado que o exercício muda seu
humor, a curto e longo prazo. Muitas pessoas se exercitam para ficar mais fortes ou melhorar a aparência. Se isso não é o mais importante para você, você pode fazer um pequeno exercício apenas para se sentir melhor. Você não tem que fazer as coisas mais difíceis! Caminhe um pouco todo dia, você não tem que correr a maratona nem levantar pesos para sentir-se melhor. Tente...

 

2.   Se você quiser ficar mais calmo — Medite. Meditação é algo que eu já falei antes. Acho que não tenho que provar que meditar te deixa mais calmo. Isso é um fato. Então, se você está estressado, simplesmente pare sente e medite! Além de se acalmar e melhorar até sua imunidade, você ficará renovado para enxergar a solução daquele problema que o perturbava e aprofundará o entendimento daquilo que estudou. Enfim, ganho sobre ganho.

 

3.    Se você quiser se entender – Tenha um Diário.

 Escrever um diário, por mais simplificado que seja, ajuda a focar e colocar em perspectiva as coisas. Manter um diário do seu dia/experiências é uma maneira MUITO boa de se entender, o diário sobre ideias, situações e
sentimentos vai torná-lo mais autoconsciente. Você vai escolher melhor o que quer fazer e quando fazer! Você terá um ganho imediato de autoconhecimento e, a longo prazo, perceber suas mudanças e entender como os contextos afetam sua percepção. Não tem que ser complexo ou uma peça de literatura, é um papo de você consigo mesmo e só isso. Veja que falamos de um diário, algo que o ajude a se interiorizar, não uma lista de tarefas para deixá-lo ainda mais agitado. Um diário é a ferramenta prática da aplicação do Nosce te Ipsum.

 

4.    Se você quer entender o mundo — Leia.  Ler não-ficção é muito importante se você quiser ter mais conhecimento, mas você não precisa ler livros de matemática/ciências; basta ler algo cujo tema que lhe interessa! Por mais que você se esforce isoladamente, sempre terá apenas suas próprias informações. Ao ler, você abre as portas para agregar o conhecimento e o ponto de vista de outros. Não é possivel ser livre e de bons costumes assim. Mesmo se você discordar, irá crescer e encontrar as chaves para melhorar como pessoa. Se ainda não está pronto para temas mais profundos, mude o tema, mas leia!

  


5.    Se você quiser ver progresso e crescimento — Seja consistente.

Assim é em cima como embaixo”, já dizia a Tábua de Esmeralda. Todo o esforço de crescimento pessoal exige consistência. Por exemplo: não adianta correr uma maratona em um dia e não fazer mais nenhum exercício ao longo do ano. Escolha o quanto você pode aplicar de cada um destes princípios. Estipule metas que você possa atingir confortavelmente e comece!  Faça pouco, mas faça sempre!

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