O Nome Inefável de Deus

 O Nome Inefável de Deus


Falaremos hoje sobre o mistério ao redor do nome inefável de Deus. Começamos por analisar o que quer dizer inefável; de maneira simples inefável é aquilo que não pode ser dito, que não é possível de ser dito;

apenas experienciado. Desta forma começamos a perceber que se trata de mais do que uma simples proibição da pronúncia deste nome sagrado por respeito. O não pronunciar o nome reflete, também, a nossa incapacidade de abarcar na totalidade o conceito de Deus; a nossa incapacidade, como gota, de expressar a totalidade do oceano.


Os Hebreus sempre tiveram como sagrado o nome verdadeiro de Deus e, por isso costumavam substituí-lo por uma série de títulos e nomes alternativos entre os quais destacamos:


Adonai: Senhor;

Ehyeh-AsherEhyeh: Eu Sou o que sou;

El Shaddai: O Todo Poderoso;

Elohim: A Autoridade;

Elyon: Altíssimo;

Eloah: O Proeminente;

El Roi: O Deus que vê e

El Olam: Deus eterno,


Neste contexto queremos destacar duas passagens: a saber:


Êxodo, Cap. 3 – Vers. de 1 a 20:


14 Disse Deus a Moisés: “Eu Sou o que Sou (Ehyeh-AsherEhyeh). É isto que você dirá aos israelitas: Eu Sou me enviou a vocês


Êxodo, Cap. 6 – Vers. 1 – 8, onde o nome é revelado:


3 Apareci a Abraão, a Isaque e a Jacó como o Deus todo-poderos (El Shaddai), mas pelo meu nome, YIHOWAH (JEHOVÁ), não me revelei a eles.


O Nome verdadeiro de Deus era um tetragrama, ou seja, uma expressão de quatro letras ou sinais gráficos destinada a representar uma palavra, acrônimo, abreviatura ou sigla. Este tetragrama era: יהוה, composto, portanto, pelas letras hebraicas Yod He Vav He. Em português esse tetragrama poderia ser traduzido como: YHWH.


O hebraico é uma língua onde só se grafa as consoantes, para fazer a leitura é necessário ter aprendido a pronúncia correta daquela palavra, encaixando o som de vogais entre as consoantes. Poderia ser mais de 100 combinações: Com isso, todos os hebreus sabiam escrever YHWH, mas só os escolhidos sabiam pronunciar esta palavra, que por consequência, tornou-se inefável, por sua complexidade, beleza e ocultamento.

O Sumo Sacerdote era o responsável por guardar a pronúncia do verdadeiro nome do GADU e pronunciá-lo apenas quando em cerimônia específica no Templo de Jerusalém. O nome teria sido informado inicialmente a Moisés por Deus através da Sarça Ardente. Dessa forma, o nome servia como uma espécie de senha, um segredo que era transmitido pelo Sumo Sacerdote a seu sucessor e aos Reis coroados por ele, sempre de forma ritualística, dentro do Templo.

Com o tempo, seja pela morte daqueles que a sabiam ou pela destruição do Templo, único lugar onde o nome poderia ser pronunciado, a palavra se perdeu. Uma versão que surgiu com o tempo foi a utilização das vogais de Ehyeh-AsherEhyeh (Eu sou o que sou) com o Tetragramaton, o que gerou a versão Jihaveh (Javé, em português).


Outra versão convencionou adotar os sons de Adonai, título mais comum para denominar Deus, em combinação com o Tetragramaton, o que gera o nome Jihovah (Jeová, em português), que se consolidou como a “versão correta” do nome do GADU, apesar de não existir quaisquer outros indícios para tanto. Por esse motivo, o nome continua sendo “inefável” para os judeus ortodoxos e muitas outras vertentes religiosas e esotéricas. Observe-se aqui o paralelo com a palavra de M.´. M.´. que também se encontra perdida.

Mas ele é inefável na verdade por uma razão simbólica, pois é pessoal e ao mesmo tempo universal. O velar a palavra é uma alegoria para velar sua essência como na parábola dos cegos e do elefante. Para nos lembrar que qualquer concepção humana de Deus é ao mesmo tempo verdadeira e incompleta.


Mas passemos a analisar mais amiúde o conceito do título mais consagrado; Ehyeh-AsherEhyeh. Essa expressão é usualmente traduzida como “Eu Sou o que Sou”, ou “Serei o que Serei.”. Ou ainda “Eu Sou Aquele que É” (Ego eimi ho ôn). Assim, em todas essas traduções, o Nome Sagrado é sempre traduzido por um verbo que denota o sentido de existência, de presença, de verdadeira vivência ontológica.


O Rabino Isaac Leeser, por exemplo, em sua tradução “Dos Vinte e Quatro Livros das Escrituras Sagradas” verte a locução divina como “Serei o que eu for”, denotando, segundo ele, a intenção de Deus
em demonstrar a sua onipotência; mostrar que Ele, como deidade, não tinha uma forma nem era um Ser com características e funções definidas, como os demais deuses da religiões antigas. Ele poderia ser qualquer coisa que fosse ou quisesse ser.


Se olharmos este conceito numa perspectiva panteísta, do Deus em nós, vemos uma correlação com o conceito de livre-arbítrio; de que podemos ser o que desejarmos. Nesta alegoria em particular não se apresenta o desdobramento natural da responsabilidade por estas escolhas; afinal estamos falando do GADU e em sua onisciência suas escolhas são sempre corretas. Todavia, fica esta meditação para nós mortais.


Outra interessante derivação dessa tradição é a crença de que as letras do nome de Deus representavam combinações que podiam ser usadas para interpretar os segredos que a Bíblia não revelava em sua forma escrita. É que no alfabeto hebraico, cada letra tem um determinado valor. Assim, combinando-se as letras com seus respectivos valores, era possível obter a interpretação oculta dos títulos, nomes, palavras e expressões usadas na Bíblia e encontrar seus verdadeiros significados. Assim, surgiu a técnica, conhecida como Gematria, mãe inspiradora da numerologia.



A mística do Verdadeiro Nome de Deus, o Nome Inefável, é explorada na Maçonaria pelos graus do “Arco Real”, praticados no Rito de York americano (1797) e no Craft Inglês (1813). Ele também existe no Rito de Heredom (origem do REAA e do Adonhiramita). Entretanto, sua origem mais provável é exatamente na Irlanda e Escócia, de lá se espalhando nas vertentes já mencionadas.


Concluindo, o estudo nos aponta para os mistérios maiores. Por traz do nome oculto de Deus estão todas as grandes perguntas de respostas inefáveis. Por trás desta alegoria reside a grande resposta a tudo isso. Uma resposta que é por si só impossível de transcrever; que está além do racional. A compreensão destes mistérios é algo no campo do afetivo, do intuitivo; pois é aí que reside a centelha divina que jaz em cada ser humano. Somente o GADU pode perceber a si mesmo.


O ser humano enquanto limitado à sua mente, apenas a seu veículo racional é um receptáculo muito pequeno para conter “ELE”. Todavia, nossa centelha divina é uma parte do todo; é uma parte do oceano e por intermédio dela SOMOS o oceano. A alegoria do nome inefável de Deus nos revela o caminho da consciência cósmica; o caminho da resposta máxima a todas as perguntas. Porém ela depende do abandono do racional; do abandono do nosso lado egóico e este é o difícil caminho que tentamos e que devemos trilhar.


Bons Estudos

A Árvore dos Ritos

A Árvore dos ritos

Durante período de pandemia, fiz a apresentação abaixo ( apenas 27 min) sobre um conceito que elaborei algum tempo atrás chamado de a árvore dos ritos.

Nele relaciono os ritos praticados no Brasil como vinculados a uma árvore genealógica. Este conceito, naturalmente , não é rigoroso ou rígido. Visa , somente, estabelecer uma relação didática entre as práticas maçônicas para que possamos entender melhor suas origens e evitar comparar coisas que veem de lugares diferentes.    

Espero que possa ajudar os irmãos a entender um pouco do contexto de onde vem cada rito.

Finalmente peço que após verem o vídeo deixem um comentário se preferem o blog por escrito ou se é bom ter algum vídeo como este vez por outra.








Dos Vícios e das Virtudes

 Dos Vícios e das Virtudes 

 


O estudo das virtudes e dos vícios é uma necessidade fundamental para o homem e maçom, na medida em que permite o desenvolvimento de sua consciência, de seu caráter e de seu “Eu interior”. De fato, o

GADU, em toda sua bondade e sabedoria, dotou o ser humano de particularidades muito especiais, que o difere dos demais seres vivos: espírito, inteligência e o livre-arbítrio. Um espírito que permite uma ligação com o Criador; uma inteligência que possibilita a execução das atividades diárias; um livre-arbítrio que lhe proporciona escolhas que lhe permitirão tanto o mergulho no vício a quanto a lapidação da Pedra Bruta. Mas a centelha do GADU habita em cada ser humano. É necessário apenas um mergulho dentro de si, para descortinar um horizonte harmonioso e belo.

As Definições

Entende-se por virtude a força moral, a prática do bem, a probidade, a retidão. São todos os hábitos constantes que levam o homem ao caminho do bem. A virtude, pois, é uma disposição habitual e firme para fazer o bem; é um hábito operativo bom. Assim, supõe-se no sujeito uma disposição consciente e eleita de praticar o bem.

Em sentido diametralmente oposto, o vício constitui-se em um hábito operativo mau. Uma imperfeição grave; um defeito. Uma disposição habitual para certo mal. Ação indecorosa, libertina. Indubitavelmente, o vício pressupõe um estado de espírito imerso na escuridão, sem perspectivas, decadente, sem vontade de evoluir, de progredir.


Os Vícios

Os vícios decorrem da prática contumaz de hábitos ruins, os quais contrapõem-se a condutas positivas, construtivas e, por conseguinte, saudáveis.


Nas lições de Platão, somente o bem é real; o mal é ilusório, sendo apenas a ausência do bem. Dessa forma, conforme entendimento platônico, o vício não tem vida própria; ele decorre da ausência da virtude. Segundo ele, a conduta humana deve ser pautada pela moderação. A falta ou o excesso devem ser evitados. Um sentimento ou uma conduta, sendo deficiente ou excessiva, torna-se um vício. Nessa perspectiva, os vícios são os extremos opostos cujo meio termo é a virtude. Já para Spinoza, o vício é a submissão às paixões. É deixar-se governar pelas causas externas. Não é mal, mas apenas fraqueza.

Os vícios (aqui igualados aos pecados) capitais são considerados a origem de todos os outros vícios. São eles a soberba, avareza, luxúria, ira, gula, inveja e preguiça.

A soberba caracteriza-se pela pretensão de superioridade sobre as demais pessoas, levando a manifestações ostensivas de arrogância. A soberba não é privilégio dos mais abastados ou privilegiados em qualquer aspecto. Os pobres também podem experimentar a soberba ao se considerarem especiais e buscando fingir serem o que não são. Um (tristemente conhecido) vício dele decorrente é a vaidade, tão maléfica à nossa instituição.

O pecado da avareza está ligado a uma desordenada ambição por bens materiais e dinheiro. Para o avarento, os bens materiais são mais importantes que a aceitação do próprio Deus. O indivíduo passa a idolatrar esses bens materiais invertendo a prevalência do espírito sobre a matéria. Isso leva a uma busca infindável por coisas efêmeras e insatisfatórias por natureza.

A luxúria consiste no apego aos prazeres carnais, corrupção de costumes, sexualidade extrema, lascívia e sensualidade. Esse pecado capital serve de porta de entrada para outras mazelas sociais: prostituição, aborto, pedofilia, dentre outros. É uma forma de rendição aos desejos e prazeres, neste sentido se ligando à gula.

O sentimento de raiva, ódio e rancor que, por vezes, povoa a mente e o espírito do homem, e se manifesta de forma repentina e descontrolada, denomina-se ira. A ira provoca na pessoa um desejo incontrolável de destruição do objeto provocador daquele estado de espírito. Esse pecado capital não atenta apenas contra os outros, mas pode voltar-se contra aquele que deixa o ódio plantar sementes em seu coração.

O pecado da gula decorre de um sentimento de frustração e ansiedade. Assim, o ser humano vê-se imerso em suas angústias e passa a desejar sempre mais do que já tem e precisa. Tal pecado reflete-se, principalmente, nos hábitos alimentares do homem, na medida em que aumenta excessivamente o consumo de alimentos além de suas reais necessidades, com os conhecidos malefícios à saude do corpo e da alma. 

A inveja é considerada pecado porque uma pessoa invejosa ignora suas próprias bênçãos e prioriza o status de outra pessoa no lugar do próprio crescimento espiritual. É o desejo exagerado por posses, status, habilidades e tudo que outra pessoa tem e consegue. O invejoso ignora tudo o que é e possui, para cobiçar o que é do próximo, muitas vezes de maneira destrutiva.

A preguiça, como um dos sete pecados capitais, caracteriza a pessoa que vive em estado de falta de capricho, de esmero, de empenho, em negligência, desleixo, morosidade, lentidão e moleza, de causa orgânica ou psíquica, que a leva à inatividade acentuada. Se conecta com um desejo de ter muito sem nada dar em troca, como se o agente fosse especial e mais merecedor de bençãos que seus irmãos.


Virtudes

O aperfeiçoamento moral do homem demanda a existencia de liberdade. Um homem livre de

preconceitos, de crenças e disposto a abrir-se aos ensinamentos e orientações que o direcionem para a prática do bem, da tolerância e da correção de atitudes. Nesse contexto, a busca pela prática das virtudes é essencial ao caminhar do homem que almeja viver em um mundo melhor.

Desde a antiguidade, as virtudes foram classificadas em Cardeais e Teologais como ilustram os degraus que levam ao Oriente e ao Trono de Salomão. As virtudes Cardeais são adquiridas pelo esforço; as Teologais como um Dom de Deus.

As virtudes cardeais são aquelas virtudes essenciais na qual todas as outras decorrem. São subdivididas em quatro: justiça, prudência, fortaleza e temperança.

A Justiça consiste na atribuição, na equidade, no considerar e respeitar o direito e valor que são devidos a alguém, ou a alguma coisa. O homem de bem deve ser exemplo vivo da justiça, procurando assim mexer com o íntimo das pessoas. Ele também deve ir de encontro às injustiças, não se calando nunca, sendo a voz viva da consciência daqueles que antes dele lutaram pelos mesmos ideais. Mas para isso tudo, o homem de bem deve essencialmente fazer justiça consigo mesmo. Deve se analisar, autoavaliar-se e aprender a se controlar. Deve ser justo com seu corpo, com sua mente, com seu coração, com sua família, com seu lar, amigos e sociedade.

A Prudência é aquela virtude que permite ao entendimento reflexionar sobre os meios conducentes a um fim racional. Dá a conhecer o Bem e o Mal; desenvolve as noções (relativas) de certo e errado, ensinando a escolher um e evitar e desmascarar o outro. É a personificação da inteligência e da razão. Ajuda o homem de bem a escolher o momento certo de agir e a melhor forma de fazê-lo.

A Fortaleza é a personificação da coragem e da disciplina. Coragem de ir contra aquilo que é injusto, mesmo que seja criticado por isso. Coragem de encarar a si próprio e assumir seus erros e culpas. Coragem de ser bom e humilde. Coragem de reconhecer a força do oponente e com ele aprender. É disciplina porque a disciplina liberta. O ser que disciplina sua mente e seu corpo dá um grande passo no caminho da Luz, pois não se sente mais preso aos valores e padrões sociais. É disciplinado o suficiente para não recorrer em erros “coletivos” e tem coragem de renunciar e ir de encontro àquilo que fere os seus princípios. Por essas razões a Fortaleza, ou Força, é a principal virtude na luta contra os sete vícios ou pecados capitais.

A Temperança é a personificação da moderação e do comedimento. Dá o equilíbrio a ação, ajudando o homem de bem a não exagerar nem fraquejar em suas posturas. Também ajuda o homem de bem a esperar o momento certo de agir.

Na mesma esteira de raciocínio, as virtudes teologais são produtos de um hábito, pois o homem não as adquire através de seu próprio esforço. Subdividem-se em três: a fé, a esperança e a caridade.


A Fé desenvolve a visão espiritual, pois “pela fé o homem vê espiritualmente Deus e as suas obras, crendo nas coisas invisíveis”. A fé do homem virtuoso não deve ser uma fé cega, baseada naquilo que lhe dizem. O homem virtuoso apoia sua fé em seus estudos e em suas experiências próprias, tendo assim não apenas uma fé, mas uma ciência da existência de uma força criadora.

A Esperança: Dá ao homem virtuoso a confiança necessária para enfrentar as provas duras da batalha. Dá a força misteriosa que transformava os verdadeiros homens virtuosos em homens inigualáveis de coração puro e mente sã, sempre enfrentando as situações com bom coração e sua esperança não é a vitória, porque esta se torna certa, mas sim a esperança de, desta forma, estar honrando seus pais, mestres, ancestrais e Deus.

A Caridade: O homem virtuoso, sem caridade, é cruel e trai os seus princípios e regras. A caridade sincera é, ao lado da partilha, a maior personificação do Amor. É a mãe de todas as virtudes como dizem os antigos, e diziam-no com razão: é a raiz de todas as virtudes, porque ela é a bondade suprema para consigo mesmo, para com os outros, para com o Ser Infinito.

Nesse contexto, é lídimo concluir parcialmente que a aquisição de firmeza de caráter é decorrente da prática reiterada de hábitos bons, ou seja, as virtudes. Esses hábitos permitirão ao homem livre e de bons costumes aprimorar-se moral e espiritualmente, pela busca incessante da felicidade geral e a paz universal, conduzindo-o, paulatinamente, das trevas à luz.


O caminhar para a luz

Como vimos, Platão nos diz que os vícios não existem, são só a ausência das virtudes. Então, como combater os vícios e os maus hábitos sem atacá-los diretamente? Como combater o "nada"?


No livro “O poder do hábito”, Charles Dunhigg nos orienta que o ciclo básico do hábito funciona da seguinte forma: há uma deixa, um gatilho, uma situação ou fato que desencadeia a ação. Aí se segue uma rotina, uma sequência de ações que são o (mau) hábito em si. Por fim, há sempre uma recompensa, algo que dá satisfação ao indivíduo e que justifica a aderência a estas rotinas perniciosas.

Assim um primeiro passo é meditar e identificar estes “gatilhos” no seu ciclo individual; remontando ao “nosce te Ipsun” (conhece a ti mesmo). Esta fase é dolorida e demanda autoconhecimento e principalmente humildade para reconhecer o que realmente nos move (e que muitas vezes não é nada nobre).

Estudos científicos mostram-nos que identificar os gatilhos e trabalhar sobre eles  facilita muito a efetiva mudança de comportamento, uma vez que evita o ciclo do vício antes de seu efetivo início.  Esta "pequena" mudança evita ter de resistir ao vício "pela força", o que geralmente levaria à ansiedade e reincidência. Notem que com isso a ciência comprovou a aplicação do princípio filosófico que citamos; ratificando que substituir o vício pela virtude é mais fácil que apenas combater o vício diretamente.

O sublime caminhar do vício para a virtude começa pela busca incessante da Verdade, por meio do combate à ignorância, vencendo as paixões, submetendo as vontades e consequentemente promovendo novos progressos para a humanidade.

A romã, um dos maiores símbolos maçônicos, deve ser visto como alusão ao caminhar do homem e, principalmente do maçom. A casca da raiz da romãzeira é tóxica, enterrada nas profundezas escuras da terra sem acesso à luz. 

Esta metáfora exemplifica a vida em um mundo essencialmente mau, repleto de vícios, cuja prática é simples e mais fácil do que o caminhar na virtude. Contudo, assim como qualquer árvore, a romã não sobreviverá se ficar apenas com sua raiz enterrada no solo, se nunca sair em busca da luz. Ela precisa, nesta busca, germinar, crescer e, assim, romper a camada de terra e atingir o mundo exterior passando a alimentar-se, desenvolver-se, até que enfim torna-se uma árvore frutífera e frondosa.



Conclusão

Os vícios e as virtudes são parte de nossa batalha diária para nos tornarmos um ser humano livre e de bons costumes. Esta disputa é intrínseca à condição humana e representada em várias formas de iconografia.

Desde sua criação o homem busca respostas de sua existência. No entanto, na maioria das vezes não percebe que as respostas às suas indagações estão muito próximas, dentro de si. O caminho para longe dos vícios passa pelo autoconhecimento e pela busca consciente e consistente de melhora pessoal.

Caso opte pelo caminho do vício, será um agente da desagregação social, do desrespeito à estrutura familiar, da falta de patriotismo e da banalização da violência. Por outro lado, sendo comedido em suas ações, estará cavando masmorras ao vício e levantando templos à virtude, como faz a romãzeira.

O caminho das trevas para a luz, depende, do empenho do indivíduo em reconectar-se com seu Criador. Todavia não é uma mudança que possa acontecer abruptamente, é um processo. A caminhada para a luz, assim como o desbastar da pedra, tem que ser paulatino, não apenas para haver a adaptação e consolidação das mudanças, mas também para evitarem-se erros por afobação.

O templo simbólico é construído dia a dia nos corações dos verdadeiros homens de bem, para servir de moradia ao GADU e de onde devem ser expulsas as paixões, as intransigências, os vícios e as mesquinharias. Roguemos, pois, ao GADU para que fortaleça a nossa razão para controlarmos nossa liberdade, a fim de que nossas paixões sejam vencidas e nossas vontades submetidas. Somente assim estaremos efetivamente desbastando e esquadrejando a pedra bruta.


Nota final:

O presente artigo foi feito ampliando e adaptando um trabalho original de um irmão de nome Vaz. Faz muito tempo que não o encontro  pois a vida e o GADU nos levaram em direções diferentes. Fica aqui minha gratidão por sua sabedoria, e o crédito pela sua contribuição original para este post. TFA!






O desenvolvimento das três lendas do Real Arco

 

O desenvolvimento das três lendas do Real Arco



Nota do editor:
Como sempre deixamos claro, a grande maioria dos artigos deste blog são uma seleção de artigos em inglês traduzidos. Todavia, desta vez apresento um artigo do site Freemason.pt já original em português. Todos os creditos aos seus autores originais no link e colocados abaixo.




Introdução


Antes de tudo, é importante ressaltar que, apesar de não conter nenhum segredo de grau, este artigo tangenciará elementos do terceiro grau e do Real Arco. Se o leitor ainda fará estes graus e não quer ter nenhuma informação prévia, recomenda-se que se abstenha da leitura.

O Real Arco, ou Arco Real, (do inglês Royal Arch) é talvez o mais peculiar dos graus da Maçonaria, por duas razões. A primeira, mais conhecida, é a por ser ao mesmo tempo praticado no âmbito da Maçonaria Simbólica e também dos Altos Graus. A razão é que os Modernos entendiam que a Maçonaria se restringia três graus: Aprendiz, Companheiro e Mestre. Já os Antigos tinham uma visão mais fluida.

Como parte do acordo entre eles, os Artigos da União de 1813 definiram a Maçonaria Simbólica da seguinte forma: “A Maçonaria pura e antiga consiste de apenas três graus, a saber, aqueles de Aprendiz Iniciado, Companheiro de Ofício e Mestre Maçom, incluindo a Ordem Suprema do Sagrado Real Arco.”
A segunda razão pela qual o Real Arco é peculiar é porque existem não menos do que três variações da lenda do Real Arco. E, ao invés de serem simplesmente visões independentes, elas na realidade trazem bastante luz sobre como o grau se formou.
Como dito por Bernard E. Jones:


“As lendas relacionadas a Hiram e ao Real Arco eram porções sobreviventes do folclore do Craft que originalmente continha outras lendas semelhantes.”


As três lendas do Real Arco


Antes de adentrar as origens históricas e o desenvolvimento, serão observadas as três lendas do Real Arco que sobreviveram até os dias de hoje. Todas elas lidam com o mesmo tema: A redescoberta da Palavra Perdida e dos segredos do grau de Mestre Maçom, que de certa forma servem como um desfecho para o terceiro grau.

1) A lenda enoquiana


Segundo esta variação da lenda, Enoque teria construído um primeiro Templo, que teria preservado não apenas aquela que seria a Palavra Perdida, como também uma série de segredos importantes. Esse Templo estava perdido desde os tempos do dilúvio e teria sido encontrado pelos obreiros do Templo de Salomão.
Esta versão da lenda é praticamente toda maçônica. Embora a Bíblia fale de Enoque e haja uma série de obras do folclore judaico-cristão acerca dele, não há referências ao que é narrado nela. Essa é versão do Real Arco que aparece registrada no manuscrito Francken de 1783, da Ordem do Real Segredo (vulgo Rito de Perfeição). Ela é preservada até hoje no grau 13 do Rito Escocês Antigo e Aceito, que a incluiu desde a sua concepção.

2) A lenda da reforma do Templo


Muito pouco conhecida, porém ainda praticada, é a lenda de que a Palavra Perdida e outros segredos teriam ficado ocultados no próprio Templo de Salomão, durante o período em que o Reino de Judá ter-se-ia afastado dos princípios de Deus.

A lenda baseia-se no relato bíblico de 2 Reis 22 que, resumidamente, diz que o rei Josias de Judá contratou carpinteiros, construtores e pedreiros para fazer reparos no Templo, que tinha sido profanado por reis anteriores. O sumo sacerdote Hilquias teria, então, encontrado o Livro da Lei (de Moisés) durante os reparos no Templo. Ele teria entregue o livro ao escriba Safã, que o teria lido perante o rei.
Ao se dar conta de que o povo tinha se desviado dos princípios contidos no Livro da Lei, o rei teria convocado o povo ao arrependimento. (Segundo historiadores, de fato houve uma reforma religiosa à época do rei Josias em Judá, e esta narrativa é um reflexo desse facto.)
Evidentemente, como de costume, a lenda maçónica atribui outros achados, tais como objectos e segredos de grau, a esse fato. Esta lenda é praticada até hoje no Real Arco da Irlanda, mesmo após inúmeras tentativas (todas elas frustradas) de introduzir a lenda de Zorobabel naquele país.

3) A lenda do segundo Templo

A lenda mais comumente associada ao Real Arco é a do Templo de Zorobabel.
Nela, é dito que operários trabalhando na reconstrução do Templo de Jerusalém, promovida por Zorobabel nos tempos do retorno de Judá do cativeiro babilónio, teriam reencontrado a Palavra Perdida e os segredos do grau de Mestre Maçom, preservados pelo rei Salomão.

A narrativa sobre Zorobabel reconstruir o Templo de Jerusalém é bíblica, porém a narrativa da recuperação da Palavra Perdida e dos segredos é exclusivamente maçônica.



Origem histórica


Historicamente, a primeira referência ao Real Arco ocorre na minuta da Loja 21 de Youghall, na Irlanda, em 1741. A segunda referência surgiria logo depois, também na Irlanda, na obra Janeiro de 1743, numa publicação do jornal Faulkner’s Dublin.
Seguidamente, há uma referência do grau sendo praticado na Escócia em 1745 em Stirling. (Uma glosa numa minuta a atribui a 1743, mas sabe-se que é um erro de grafia).
Já a primeira referência ao grau na Inglaterra surgiria quase uma década depois, numa minuta de Março de 1752. Ao que tudo indica, portanto, o grau teria surgido na Irlanda. E isto corrobora com o que parece ter sido o desenvolvimento da lenda em si.


De Noé a Hiram

Para entender um pouco de como o Real Arco chegou, sugere-se que o leitor se familiarize com o facto de que a lenda de Hiram deriva de uma antiga lenda medieval sobre Noé.
Para efeito de compreensão, será apresentado um resumo extremamente abreviado: Havia lendas judaico-cristãs de muitos séculos que diziam que Enoque, um misterioso personagem bíblico, tinha preservado os segredos da humanidade. As corporações de construtores de ofício adoptaram, em dado momento, a lenda de que Noé teria sido o herdeiro desse conhecimento. E que, após a sua morte, esse conhecimento ter-se-ia perdido.
O conhecimento então teria sido recuperado por vários sábios ao longo da história, tais como Hermes, Pitágoras, e, em especial, por Besaliel no Tabernáculo de Moisés, depois por Salomão no Templo de Jerusalém. 
Os manuscritos Cooke (1450) e Graham (1726) atestam para o desenvolvimento da lenda. Basicamente, o distanciamento entre carpinteiros e pedreiros, com a maior ênfase na Maçonaria para os últimos, mudou o foco da lenda de Hiram para Noé.
De forma análoga, não apenas Noé, como também Enoque, Besalel e outros personagens bíblicos que outrora figuravam nessas lendas foram relegados a segundo plano. Alguns desses, preservados nos chamados altos graus de vários sistemas.


O desenvolvimento da lenda do Real Arco


Com base em todos estes elementos, o autor se propõe a apresentar uma reconstrução de como se desenvolveu a lenda do Real Arco, gradualmente. Evidentemente, trata-se de uma hipótese. Porém, o leitor perceberá que ela é bem fundamentada e, portanto, tem o seu mérito.

1) A lenda original


A lenda original do Real Arco certamente se baseia na perda dos segredos antediluvianos, que tinham sido preservados por Enoque e Noé e que se tinham perdido após a morte do último.
Não é muito claro se, quando o Real Arco foi concebido como grau, a Maçonaria já tinha dado a sua guinada na direção de tornar Hiram o protagonista da narrativa, mas o autor deste artigo apostaria que sim.
Assim sendo, a versão mais antiga da Lenda do Real Arco muito provavelmente é aquela que foi preservada na França e que acabou se tornando a base do 13º Grau do Rito Escocês Antigo e Aceito.


2) De Enoque a Josias

Esta lenda, porém, traz dois problemas: O primeiro, ela ainda faz alusão a Enoque. E Enoque é personagem muito pouco explorado na lenda hirâmica. A sua aparição ter-se-ia tornado um tanto aleatória e desconexa. Razão pela qual o autor entende que, posteriormente, surgiria na Irlanda uma versão na qual a perda dos segredos ocorre após Judá deixar a sua fidelidade.
Talvez, esta variante irlandesa tenha surgido num momento em que a morte de Hiram ainda não tinha sido explorada fortemente? Então, faria mais sentido falar da perda dos segredos por conta dos reis iníquos de Judá, que é algo que a Bíblia realmente atesta.
De todo jeito, a lenda de Josias como substituta mais óbvia faz todo o sentido, pois há uma perda e subsequente encontro de algo importante, atestado biblicamente.

3) De Josias a Zorobabel


Porém… A recuperação da Palavra Sagrada ainda na época do Primeiro Templo continua sendo um problema. Isto porque a Maçonaria viria a desenvolver novos graus, lidando com a reconstrução do Templo de Salomão. O que significaria que qualquer segredo recuperado durante o Primeiro Templo ter-se-ia perdido novamente, e isso mais uma vez teria que ser explicado. (Pode-se perceber um resquício desta “duplicidade do tema da perda e recuperação” no Rito Escocês Antigo e Aceito, onde no grau 14 a essência da Maçonaria é perdida por corrupção e, por fim, no grau 18, onde uma nova Palavra é proposta em substituição à Palavra Perdida).
Desta forma, um novo ajuste seria feito na lenda do Real Arco: Não mais a recuperação ocorreria no período de Josias, ainda na época da reforma do Primeiro Templo, mas sim com Zorobabel, à época do Segundo Templo. Esta terceira lenda, diferentemente das duas anteriores, teria surgido já na Inglaterra, provavelmente no final do século XVIII.
Felizmente para aqueles que apreciam reconstruções históricas, em virtude do desenvolvimento mais isolado da Maçonaria francesa e da recusa dos irlandeses a adoptar a lenda mais padronizada, a história deixou-nos rastros e pistas que permitem reconstruí-la.

Possível confirmação?

No entendimento do autor, a maior antiguidade da lenda do Templo de Enoque é bem nítida. Mas e o que dizer quanto à lenda da Reforma ser anterior?
Além dos argumentos narrativos já apresentados, há registros históricos de que por várias décadas, entre 1829 até o começo da década de 1860, houve tentativas de se introduzir na Irlanda a versão inglesa da lenda do Real Arco. Por uma série de razões logísticas referentes ao candidato e à cerimónia, que fogem ao escopo deste artigo, essas tentativas foram frustradas.
Ressalte-se ainda o facto de alguns rituais do Real Arco ainda trazerem alusões à lenda de Josias (como o de Iowa, de 1952), apesar da história de Josias não ter qualquer relevância – salvo como mera curiosidade histórica – para o enredo da lenda de Zorobabel.
Evidentemente que nenhum desses elementos é, por si só, suficiente para dizer que a cronologia do desenvolvimento narrativo aqui proposta seja incontestável. Mas, o autor acredita que os indícios são bastante sólidos.

Um adendo curioso


Um texto polémico no monitor de Duncan, de 1866, traz o que parece nitidamente ser uma crítica à lenda irlandesa. Observe:


“Em preparação às fundações, conforme somos relatados pelos rabinos judeus, os trabalhadores descobriram uma câmara ou cavidade, apoiada por sete pares de pilares apoiando muitos arcos… Os rabinos acrescentam que Josias, antevendo a destruição do Templo, ordenou os levitas a depositarem a Arca da Aliança nessa câmara, onde foi encontrada pelos homens de Zorobabel. Mas não há fundamento para essa crença; pois se o segredo da câmara fosse conhecido a Josias, teria sido conhecido também pelos seus predecessores idólatras, que certamente teriam o pilhado… É muito mais provável que, nos anos finais de Salomão, quando ele já tinha quase esquecido Deus, as suas visitas a essa câmara cessaram e a entrada sendo curiosamente ocultada entre as cavernas debaixo do seu palácio, o segredo morreu com ele, e a comunicação foi fechada para sempre.”

Considerando que Malcolm C. Duncan era norte-americano e escreveu o seu famoso Monitor para a Maçonaria norte-americana, é bem possível que em algum momento a lenda de Josias tenha sido praticada em solo norte-americano, tendo concorrido com a lenda de Zorobabel.
Embora seja possível atribuir tal crítica de Duncan a uma mera coincidência, a contundência e extensão do texto parecem favorecer mais a hipótese de uma preocupação de Duncan com a preservação daquela que ele considerava a prática mais adequada.


Conclusão


Como se pode perceber, o desenvolvimento do Real Arco não é apenas curioso em si, como também acaba por ser uma espécie de testemunha do próprio desenrolar histórico da lenda de Hiram.
O autor conclui que a lenda do Real Arco começa com a ideia do Templo de Enoque encontrado por Salomão, transforma-se na lenda de Josias reencontrando segredos após a idolatria de Judá, para por fim chegar à forma mais popular hoje, dentro da lenda de Zorobabel.
Ainda assim, o autor procurou separar o que é facto histórico daquilo que é opinião pessoal e/ou reconstrução a partir dos eventos indicados.


AUTOR

Luis Felipe Moura, M∴ M∴, membro da ARLS Conde de Grasse-Tilly, nº 301 (GOP/COMAB), bem como do Capítulo Piratininga 13 de Maçons do Real Arco


Bibliografia

COOKE, Matthew. Freemasonry’s Gothic Constitutions. Londres: R. Spencer, 1861.
JONES, Bernard. Freemason’s Book of the Royal Arch. Londres: George G. Harrap & Company, 1957.
RODRIGUES, Luciano. Noaquitas: Maçons e Carpinteiros. Acesso em: <11/08/2020>.
RITUAL for the Royal Arch Degree. Indiana, 1952. Acesso em: <12/10/2020>.
Joannes A. M. The Evolution of the Hiramic Legend in England and France. Heredom. Volume 11, 2003.
The Original and Complete Rituals of the first Supreme Council, 33º – Vol. 1. Nova Iorque: Boemandres Press, 1995.
THE Graham Manuscript (1724). Acesso em: <12/08/2020>.
TREXLER, C. DeForrest. The Degree Rituals of The Supreme Council, 33º, for the Northern Masonic Jurisdiction – United States of America. Nova Iorque: Supreme Council, 33°, AASR, NMJ, 2008.



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“Milhares de velas podem ser acesas a partir de uma única vela, a felicidade não diminui ao ser
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 -A. P. J. Abdul Kalam 




  


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