Mais uma que recebe de um Frater antigo.
Aproveitem
Além do mundo onde experimentamos nossos sentidos, existe uma dimensão invisível; o intangível que não podemos tocar, o etéreo que não podemos ver, o indefinível que não podemos pensar, uma forma indefinida que não podemos modelar. Porém esta dimensão invisível é tão real, tão cheia de vida que se não tivéssemos uma conexão com ela, a nossa existência teria pouco sentido. Desta dimensão vem a faísca criativa da visão e do trabalho artísticos. Desta dimensão vêm os símbolos, mitologia e parábolas que instruem o coração humano. A intuição surge nela, uma dica de uma possível comunicação com o ser superior dentro de si. Mas como podemos acreditar em algo que não podemos ver?
O visível está conectado com o invisível de várias maneiras. Apesar de não podermos 'ver' o perfume da rosa, o sentido do olfato evoca o que os olhos não podem ver. Num outro nível, a presença vai além do reino destes sentidos e 'sabe' o que os sentidos não podem saber. A presença não tem o filtro da personalidade, não tem a definição do gosto, do limite, e não está confinada no tempo, espaço ou morte. Através da presença, desenvolvemos um outro 'Ser', uma parte invisível de nós que não tem sexo ou religião, personalidade ou tipo. Presença invisível é mais real em nós do que os pensamentos e emoções transitórios e efêmeros dos muitos Eus.
De várias maneiras já vivemos no invisível. Estar presente nos prepara para uma existência que não está restrita pela forma, uma existência puramente consciente, onde 'nossos sentidos servem para afirmar, não para saber'. Através da consciência, começamos a viver longe da vida orgânica da terra. Nossa consciência junta os esforços para um outro tipo de existência, a consciência nos separa e nos libera do dualismo dos sentidos. E finalmente, deixamos o mundo como presença pura, desaparecendo sem forma ou identidade, como 'uma gota se torna o oceano'. |
Boa Meditação
Quiron - FRC