Alexander Pope

Tudo que chamas natureza, é arte que desconheces;
Tudo que chamas acaso é direcionamento que não podes ver;
Tudo que chamas discordância é harmonia que não podes entender;
Tudo que chamas mal e parcial é bem universal.
"Alexander Pope
O Ensaio 1734

SUFISMO

SUFISMO
 

 
O Sufis são um caminho espiritual cujas origens nunca foram traçadas nem datadas; nem

eles mesmos se interessam muito por esse tipo de pesquisa, contentando-se em mostrar a ocorrência da sua maneira de pensar em diferentes regiões e períodos. Erroneamente tomados por uma seita muçulmana, os sufis sentem-se à vontade em todas as religiões.

Se chamam ao islamismo a "casca" do sufismo, é porque o sufismo, para eles, constitui o ensino secreto dentro de todas as religiões. "Aquele que ouve a voz do povo sufista e não diz aamin (amém) é lembrado na presença de Deus como um dos insensatos".

Tampouco são os sufis uma seita, visto que não acatam nenhum dogma religioso, por mais insignificante que seja, nem se utilizam de nenhum local regular de culto.

Não têm nenhuma cidade sagrada, nenhuma organização monástica, nenhum instrumento religioso. Não gostam sequer que lhes atribuam alguma designação genérica que possa constrangê-los à conformidade doutrinária. "Sufi" não passa de um apelido, como "quacre", que eles aceitam com bom humor.

Referem-se a si mesmos como "nós amigos" ou "gente como nós", e reconhecem-se uns aos outros por certos talentos, hábitos ou qualidades de pensamento naturais. As escolas sufistas reuniram-se, com efeito, à volta de professores particulares, mas não há graduação, e elas existem apenas para a conveniência dos que trabalham com a intenção de aprimorar os estudos pela estreita associação com outros sufis.

A assinatura sufista característica encontra-se numa literatura amplamente dispersa desde, pelo menos, o segundo milênio antes de Cristo, e se bem o impacto óbvio dos sufis sobre a civilização tenha ocorrido entre o oitavo e o décimo oitavo séculos, eles continuam ativos como sempre.

O que os torna um objeto tão difícil de discussão é que o seu reconhecimento mútuo não pode ser explicado em termos morais ou psicológicos comuns, quem quer que o compreenda é um sufi.

Posto que se possa aguçar a percepção dessa qualidade secreta ou desse instinto pelo íntimo contato com sufis experientes, não existem graus hierárquicos entre eles, mas apenas o reconhecimento geral, tácito, da maior ou menor capacidade de um colega.

O sufismo adquiriu um sabor oriental por ter sido por tanto tempo protegido pelo islamismo, mas o sufi natural pode ser tão comum no Ocidente como no Oriente, e apresentar-se vestido de general, camponês, comerciante, advogado, mestre-escola, dona-de-casa, ou qualquer outra coisa.

"Estar no mundo mas não ser dele", livre da ambição, da cobiça, do orgulho intelectual, da cega obediência ao costume ou do respeitoso temor às pessoas de posição mais elevada, tal é o ideal do sufi.

Oferecem ao devoto um "jardim secreto" para o cultivo da sua compreensão, mas nunca exigem dele que se torne monge, monja ou eremita, como acontece com os místicos mais convencionais; e mais tarde, afirmam-se iluminados pela experiência real, "quem prova, sabe", e não pela discussão filosófica.

Diz de si mesmo, Ibn El-Arabi:

"Sigo a religião do Amor.Ora, às vezes, me chamam Pastor de gazelas [divina sabedoria]. Ora monge cristão, Ora sábio persa. Minha amada são três, Três, e no entanto, apenas uma; Muitas coisas, que parecem três, Não são mais do que uma. Não lhe dêem nome algum, Como se tentassem limitar alguém. A cuja vistaToda limitação se confunde"

Os poetas foram os principais divulgadores do pensamento sufista, ganharam a mesma reverência concedida aos ollamhs, ou poetas maiores, da primitiva Irlanda medieval, e usavam uma linguagem secreta semelhante, metafórica, constituída de criptogramas verbais. Escreve Nizami, o sufi persa: "Sob a linguagem do poeta jaz a chave do tesouro".

Essa linguagem era ao mesmo tempo uma proteção contra a vulgarização ou a institucionalização de um hábito de pensar apropriado apenas aos que o compreendiam, e contra acusações de heresia ou desobediência civil.


Ibn El-Arabi, chamado às barras de um tribunal islâmico de inquisição em Alepo, para defender-se da acusação de não-conformismo, alegou que os seus poemas eram metafóricos, e sua mensagem básica consistia no aprimoramento do homem através do amor a Deus.

Talvez seja mais importante o fato de que toda a arte e a arquitetura islâmicas mais nobres são sufistas, e que a cura, sobretudo dos distúrbios psicossomáticos, é diariamente praticada pelos sufis hoje em dia como um dever natural de amor, conquanto só o façam depois de haverem estudado, pelo menos, doze anos.

Os ollamhs, também curadores, estudavam doze anos em suas escolas das florestas. O médico sufista não pode aceitar nenhum pagamento mais valioso do que um punhado de cevada, nem impor sua própria vontade ao paciente, como faz a maioria dos modernos; mas, tendo-o submetido a uma hipnose profunda, ele o induz a diagnosticar o próprio mal e prescrever o tratamento. Em seguida, recomenda o que se há de fazer para impedir uma recorrência dos sintomas, visto que o pedido de cura há de provir diretamente do paciente e não da família nem dos que lhe querem bem.

Depois de conquistadas pelos sarracenos, a partir do século VIII d.C, a Espanha e a Sicília tornaram-se centros de civilização muçulmana renomados pela austeridade religiosa. Os letrados do norte, que acudiram a eles com a intenção de comprar obras árabes a fim de traduzi-las para o latim, não se interessavam, contudo, pela doutrina islâmica ortodoxa, mas apenas pela literatura sufista e por tratados científicos ocasionais.

A origem dos cantos dos trovadores, a palavra não se relaciona com trobar, (encontrar), mas representa a raiz árabe TRB, que significa "tocador de alaúde", é agora autorizadamente considerada sarracena. Apesar disso, o professor Guillaume assinala em "O legado do Islã" que a poesia, os romances, a música e a dança, todos especialidades sufistas, não eram mais bem recebidas pelas autoridades ortodoxas do Islã do que pelos bispos cristãos. Árabes, na verdade, embora fossem um veículo não só da religião muçulmana mas também do pensamento sufista, permaneceram independentes de ambos.

Em 1229 a ilha de Maiorca foi capturada pelo rei Jaime de Aragão aos sarracenos, que a haviam dominado por cinco séculos. Depois disso, ele escolheu por emblema um morcego, que ainda encima as armas de Palma. A tradição local de que representa "vigilância" não me pareceu uma explicação suficiente, porque o morcego, no uso cristão, é uma criatura aziaga, associada à bruxaria. Lembrei-me, porém, de que Jaime I tomou Palma de assalto com a ajuda dos Templários e de dois ou três nobres mouros dissidentes, que viviam alhures na ilha; de que os Templários haviam educado Jaime em le bon saber, ou sabedoria; e de que, durante as Cruzadas, os Templários foram acusados de colaboração com os sufis sarracenos. Ocorreu-me, portanto, que "morcego" poderia ter outro significado em árabe, e ser um lembrete para os aliados mouros locais de Jaime, presumivelmente sufis, de que o rei lhes estudara as doutrinas.

Idries Shah Sayed, respondeu:

"A palavra árabe que designa o morcego é KHuFFaasH, proveniente da raiz KH-F-SH. Uma segunda acepção dessa raiz é derrubar, arruinar, calcar aos pés, provavelmente porque os morcegos freqüentam prédios em ruínas. O emblema de Jaime, desse modo, era um simples rébus que o proclamava "o Conquistador", pois ele, na Espanha, era conhecido como "El rey Jaime, Rei Conquistador".

Mas essa não é a história toda. Na literatura sufista, sobretudo na poesia de amor de Ibn El-Arabi, de Múrcia, disseminada por toda a Espanha, "ruína" significa a mente arruinada pelo pensamento impenitente, que aguarda reedificação.

O outro único significado dessa raiz é "olhos fracos, que só enxergam à noite". Isso pode significar muito mais do que ser cego como um morcego.

Os sufis referem-se aos impenitentes dizendo-os cegos à verdadeira realidade; mas também a si mesmos dizendo-se cegos às coisas importantes para os impenitentes. Como o morcego, o sufi está cego para as "coisas do dia", a luta familiar pela vida, que o homem comum considera importantíssima, e vela enquanto os outros dormem. Em outras palavras, ele mantém desperta a atenção espiritual, adormecida em outros.

Que "a humanidade dorme num pesadelo de não-realização" é um lugar-comum da literatura sufista. Por conseguinte, a sua tradição de vigilância, corrente em Palma, como significado de morcego, não deve ser desprezada."

A absorção no tema do amor conduz ao êxtase, sabem-no todos os sufis. Mas enquanto os místicos cristãos consideram o êxtase como a união com Deus e, portanto, o ponto culminante da consecução religiosa, os sufis, só lhe admitem o valor se ao devoto for facultado, depois do êxtase, voltar ao mundo e viver de forma que se harmonize com sua experiência.

Os sufis insistiram sempre na praticabilidade do seu ponto de vista. A metafísica, para eles, é inútil sem as ilustrações práticas do comportamento humano prudente, fornecidas pelas lendas e fábulas populares.

Idries Shah Sayed mostra-nos agora que foi uma metáfora para a "reedificação", ou reconstrução, do homem espiritual a partir do seu estado de decadência.

De acordo com o princípio acadêmico inglês, o peixe não é o melhor professor de ictiologia, nem o anjo o melhor professor de angelologia. Daí que a maioria dos livros modernos e artigos mais apreciados a respeito do sufismo sejam escritos por professores de universidades européias e americanas com pendores para a história, que nunca mergulharam nas profundezas sufistas, nunca se entregaram às extáticas alturas sufistas e nem sequer compreendem o jogo poético de palavras pérseo-arábicas.

Idries Shah Sayed remedia a falta de informações públicas exatas, ainda que fosse apenas para tranqüilizar os sufis naturais do Ocidente, mostrando-lhes que não estão sós em seus hábitos peculiares de pensamento, e que as suas intuições podem ser depuradas pela experiência alheia.

É, de fato, um Grande Xeque da Tariqa (regra) sufista, mas como todos os sufis são iguais, por definição, e somente responsáveis perante si mesmos por suas consecuções espirituais, o título de "xeque" é enganoso.

Os mestres sufistas fazem o que podem para desencorajar os discípulos e não aceitam nenhum que chegue "de mãos vazias", isto é, que careça do senso inato do mistério central. O discípulo aprende menos com o professor seguindo a tradição literária ou terapêutica do que vendo-o lidar com os problemas da vida cotidiana, e não deve aborrecê-lo com perguntas, mas aceitar, confiante, muita falta de lógica e muitos disparates aparentes que, no fim, acabarão por ter sentido. Boa parte dos principais paradoxos sufistas está em curso em forma de histórias cômicas, especialmente as que têm por objeto o Kboja Nasrudin, e ocorrem também nas fábulas de Esopo, que os sufis aceitam como um dos seus antepassados.

O bobo da corte dos reis espanhóis, com sua bengala de bexiga, suas roupas multicoloridas, sua crista de galo, seus guizos tilintantes, sua sabedoria singela e seu desrespeito total pela autoridade, é uma figura sufista. Seus gracejos eram aceitos pelos soberanos como se encerrassem uma sabedoria mais profunda do que os pareceres solenes dos conselheiros mais idosos.

Quando Filipe II da Espanha estava intensificando sua perseguição aos judeus, decidiu que todo espanhol que tivesse sangue judeu deveria usar um chapéu de certo formato. Prevendo complicações, o bobo apareceu na mesma noite com três chapéus. "Para quem são eles, bobo?", perguntou Filipe. "Um é para mim, tio, outro para ti e outro para o inquisidor-mor".

Tábua de Esmeralda



A paternidade deste texto é atribuída a Apolônio de Tiana, filósofo e taumaturgo do

primeiro século. Ele descobriu o túmulo de Hermes e diz ter encontrado nesse sepulcro um velho, sentado num trono, com uma tabuleta de esmeralda em que constava o texto da famosa Tábua de Esmeralda. Diante dele havia um livro que explicava os segredos da criação dos seres e a ciência das causas de todas as coisas. Esse relato teria eco mais tarde em Fama Fraternitatis.

A versão mais antiga da tábua de Esmeralda é em língua árabe e data do século VI.

  1. Ele é verdadeiro, sem mentira, certo e muito verídico.
  2. O que está em baixo é como o que está no alto; e o que está no alto é como o que está em baixo, para que se façam os milagres de uma só coisa.
  3. E como todas as coisas foram, e provieram de um, pela mediação de um, assim todas as coisas nasceram dessa coisa única, por adaptação.
  4. O Sol é o seu pai, a Lua sua mãe, o vento a carregou em seu ventre; a terra é sua ama-de-leite.
  5. O pai de todo o telesme de todo o mundo está aqui. Sua força ou potência é inteira.
  6. Se é convertida em terra.
  7. Separarás a terra do fogo, o sutil do denso, suavemente, com grande engenhosidade.
  8. Ele sobe da terra para o céu e mais uma vez desce à terra, e recebe a força das coisas superiores e inferiores. Terás por esse meio a glória de todo o mundo; e para isso toda obscuridade fugirá de ti.
  9. É a força potente com toda força; pois vencerá toda coisa sutil e penetrará toda coisa sólida.
  10. Assim foi o mundo criado.
  11. Deste serão e sairão admiráveis adaptações, cujo meio está aqui.
  12. Por isso fui chamado de Hermes Trimegisto, possuidor das três partes da filosofia de todo o mundo. O que eu disse da operação do Sol está realizado e perfeitamente cumprido.

Quem são os Grande s Homens??

Quem faz jus ao título de "grande homem"?
Não sei...

O homem inteligente?
Não basta ter inteligência para ser grande...

O homem poderoso?
Há poderosos mesquinhos...

O homem religioso?
Não basta qualquer forma de religião...

Podem todos esses homens possuir muita inteligência, muito poder, e muita religiosidade - e nem por isso são grandes homens.

Pode ser que lhes falte certo vigor e largueza, certa profundidade e plenitude, indispensáveis à verdadeira grandeza.

Podem os inteligentes, os poderosos, os virtuosos não ter a verdadeira liberdade de espírito...

Pode ser que as suas boas qualidades não tenham essa vasta e leve espontaneidade que caracteriza todas as coisas grandes.

Pode ser que a sua perfeição venha mesclada de um quê de acanhado e tímido, com algo de teatral e violento.

O grande homem é silenciosamente bom...

É genial - mas não exibe gênio...
É poderoso - mas não ostenta poder...
Socorre a todos - sem precipitação...
É puro - mas não vocifera contra os impuros...
Adora o que é sagrado - mas sem fanatismo...
Carrega fardos pesados - com leveza e sem gemido...
Domina - mas sem insolência...
É humilde - mas sem servilismo...
Fala a grandes distâncias - sem gritar...
Ama - sem se oferecer...
Faz bem a todos - antes que se perceba...

"Não quebra a cana fendida, nem apaga a mecha fumegante - nem se ouve o seu clamor nas ruas..."

Rasga caminhos novos - sem esmagar ninguém...

Abre largos espaços - sem arrombar portas...
Entra no coração humano - sem saber como...

Tudo isso faz o grande homem, porque é como o Sol - esse astro assaz poderoso para sustentar um sistema planetário, e assaz delicado para beijar uma pétala de flor...

Assim é, e assim age o homem verdadeiramente bom - porque é instrumento nas mãos de Deus...

Desse Deus de infinita potência - e de supremo amor...
 
Desse Deus cuja força governa a imensidade do cosmos - e cuja preciência sabe das fraquezas do homem...

O grande homem é, mais do que ninguém, imagem e semelhança de Deus...

Huberto Rodhen


Adeus, Alma Querida!

Adeus, alma querida 

"Se você ama alguma coisa, deixe-a livre. Se voltar, é sua. 

Se não voltar, nunca foi." 

Se, no caminho do teu Saara, encontrares uma alma que te queira bem, 

aceita em silêncio o suave ardor da sua benquerença, mas não lhe peças coisa alguma,

não exijas, não reclames nada do ente querido.

Recebe com amor o que com amor te é dado, 

e continua a servir com perfeita humildade e despretensão.  

Quanto mais querida te for uma alma, tanto menos a explores, 

tanto mais lhe serve, sem nada esperar em retribuição. 

No dia e na hora em que uma alma impuser a outra alma um dever, 

uma obrigação, começa a agonia do amor, da amizade. 

Só num clima de absoluta espontaneidade pode viver esta plantinha delicada. 

E quando então essa alma que te foi querida se afastar de ti, não a retenhas. 

Deixa que se vá em plena liberdade. 

Faze acompanhá-la dos anjos tutelares das tuas preces e saudades, 

para que em níveas asas a envolvam e de todo mal a defendam, 

mas não lhe peças que fique contigo. 

Mais amiga te será ela, em espontânea liberdade, longe de ti, 

do que em forçada escravidão, perto de ti. 

Deixa que ela siga os seus caminhos, 

ainda que esses caminhos a conduzam aos confins do Universo, 

à mais extrema distância do teu habitáculo corpóreo. 


Se entre essa alma e a tua existir afinidade espiritual, não há distância, 

não há em todo Universo espaço bastante grande que de ti possa alhear essa alma. 

Ainda que ela erguesse vôo e fixasse o seu tabernáculo para além das últimas praias do Sírio, 

para além das derradeiras fosforescência da Via Láctea, 

para além das mais longínquas nebulosas de mundos em formação, 

contigo estaria essa alma querida... 

Mas, se não vigorar afinidade espiritual entre ti e ela, 

poderá essa alma viver contigo sob o mesmo teto 

e contigo sentar-se à mesma mesa, 

não será tua, nem haverá entre vós verdadeira união e felicidade. 

Para o espírito a proximidade espiritual é tudo, 

a distância material não é nada. 

Compreende, ó homem/mulher, e vai para onde quiseres!

 Ama, e estarás sempre perto do ente amado...

 Em todo o Universo... 

Dentro de ti mesmo... 

(De Alma para Alma, Humberto Rohden)



“Bem-aventurados os mansos porque herdarão a terra”.

Mais uma reflexão de nosso amigo
"Se todos os livros sagrados da humanidade se perdessem, mas não O Sermão da Montanha, nada se teria perdido".
Mahatma Gandhi, a Grande Alma da Índia e do Mundo


"Bem-aventurados os mansos porque herdarão a terra". 


Prestem atenção: Os mansos herdando a terra. Numa primeira leitura, não nos parece muito convincente essa bem-aventurança. Em nossa experiência no mundo, verificamos seguidamente que são os agressivos, os prepotentes que conseguem as coisas que querem. Então, como Mestre Jesus estaria dizendo que os mansos vão levar a terra, já que a nossa experiência mostra que são os fortes, os agressivos, que ganham as coisas do mundo. Será que o Mestre Jesus estava errado ou será que há um sentido espiritual por trás disso?
Em primeiro lugar, não devemos pensar no conceito de manso, como normalmente prevalece em nossa sociedade, como sendo uma pessoa um pouco fraca, até mesmo covarde, que prefere se esconder, se encolher, em vez de lutar por seus direitos.
Não. O discípulo é sempre uma pessoa forte interiormente, forte a ponto de ser capaz de enfrentar situações para manter uma conduta previamente auto-estabelecida.
Então, o manso a que o Mestre Jesus se referia é aquele que alcançou a ausência de eu, é aquele iluminado que entende que deve conformar-se à vontade de Deus.
Ele expressa total inofensividade em sua vida. Por isso ele é manso.
E, logicamente, num sentido espiritual, quem é inofensivo, quem se conforma com a vontade de Deus, pode ser confiado pelo Supremo Bem com o poder sobre as coisas do mundo, o poder sobre a manifestação. Então, nesse sentido, os mansos herdam a terra.
Mostrando que tudo é um, encerro com uma fábula  Taoísta de que gosto muito.
Diz que o filete de água no alto da montanha é frágil, tem que dar a volta em qualquer pedrinha.
Mas a medida que desce e se junta a outros como este torna-se uma torrente e nada o impedirá de chegar ao mar.
Assim , mesmo sendo "manso"  o filete de água inexoravelmente cumprirá seu destino.

Desabafo

Interessante pensar, pois na minha opinião a evolução dos valores não acompanhou a evolução tecnológica que vivemos.


Na fila do supermercado, o caixa diz uma senhora idosa:
- A senhora deveria trazer suas próprias sacolas para as compras, uma vez que sacos de plástico não são amigáveis ao meio ambiente.
A senhora pediu desculpas e disse:

- Não havia essa onda verde no meu tempo.
O empregado respondeu:
- Esse é exatamente o nosso problema hoje, minha senhora. Sua geração não se preocupou o suficiente com  nosso meio ambiente.
- Você está certo - responde a velha senhora - nossa geração não se preocupou adequadamente com o meio ambiente. Naquela época, as garrafas de leite, garrafas de refrigerante e cerveja eram devolvidos à loja. A loja mandava de volta para a fábrica, onde eram lavadas e esterilizadas antes de cada reuso, e eles, os fabricantes de bebidas, usavam as garrafas, umas tantas outras vezes.
Realmente não nos preocupamos com o meio ambiente no nosso tempo. Subíamos as escadas, porque não havia escadas rolantes nas lojas e nos escritórios. Caminhamos até o comércio, ao invés de usar o nosso carro de 300 cavalos de potência a cada vez que precisamos ir a dois quarteirões.
Mas você está certo. Nós não nos preocupávamos com o meio ambiente. Até então, as fraldas de bebês eram lavadas, porque não havia fraldas descartáveis. Roupas secas: a secagem era feita por nós mesmos, não nestas máquinas bamboleantes de 220 volts. A energia solar e eólica é que realmente secavam nossas roupas. Os meninos pequenos usavam as roupas que tinham sido de seus irmãos mais velhos, e não roupas sempre novas.
Mas é verdade: não havia preocupação com o meio ambiente, naqueles dias. Naquela época só tínhamos somente uma TV ou rádio em casa, e não uma TV em cada quarto. E a TV tinha uma tela do tamanho de um lenço, não um telão do tamanho de um estádio; que depois será descartado como?
Na cozinha, tínhamos que bater tudo com as mãos porque não havia máquinas elétricas, que fazem tudo por nós. Quando embalávamos algo um pouco frágil para o correio, usamos jornal amassado para protegê-lo, não plástico bolha ou pellets de plástico que duram cinco séculos para começar a degradar. Naqueles tempos não se usava um motor a gasolina apenas para cortar a grama, era utilizado um cortador de grama que exigia músculos. O exercício era extraordinário, e não precisava ir a uma academia e usar esteiras que também funcionam a eletricidade.
Mas você tem razão: não havia naquela época preocupação com o meio ambiente. Bebíamos diretamente da fonte, quando estávamos com sede, em vez de usar copos plásticos e garrafas pet que agora lotam os oceanos. Canetas: recarregávamos com tinta umas tantas vezes ao invés de comprar uma outra. Abandonamos as navalhas, ao invés de jogar fora todos os aparelhos 'descartáveis' e poluentes só porque a lâmina ficou sem corte.
Na verdade, tivemos uma onda verde naquela época. Naqueles dias, as pessoas tomavam o bonde ou ônibus e os meninos iam em suas bicicletas ou a pé para a escola, ao invés de usar a mãe como um serviço de táxi 24 horas. Tínhamos só  uma tomada em cada quarto, e não um quadro de tomadas em cada parede para alimentar uma dúzia de aparelhos. E nós não precisávamos de um GPS para receber sinais de satélites a milhas de distância no espaço, só para encontrar a pizzaria mais próxima.
Então, não é risível que a atual geração fale tanto em meio ambiente, mas não quer abrir mão de nada e não pensa em viver um pouco como na minha época?

De onde vem as boas idéias

Uma boa análise sobre de onde vem as boas idéias em nosso ambiente moderno da internet.

Meditação Hooponopono.wmv


É uma técnica havaiana de se auto perdoar para se curar.
Mostra que somos sempre parte do problema e da solução, como dizem TB no jainismo "eu e Deus somos um" só temos que RE descobrir isso.
Experimente....

Não deixes morrer o amor...

Uma vez, no início da estória do mundo,


houve um dia terrível em que o ódio ,

que é o rei dos maus sentimentos,

convocou uma reunião urgente com seus súditos.

Todos os sentimentos negros do mundo

e os desejos mais perversos do coração

chegaram curiosos com o propósito da reunião.

Quando todos estavam lá o òdio falou:

" Os reuní aqui porque preciso de todos

é que desejo com todas as minhas forças,

matar alguém"

Ninguém estranhou,
pois o ódio estava sempre falando em matar alguém
mas todos se perguntaram quem o ódio queria matar
que necessitava da ajuda de todos.
" Quero que matem o AMOR."
Muitos sorriram pois também desejavam o mesmo.
O primeiro candidato foi o Mal caráter, que falou:
"Eu irei e lhes asseguro que em um ano o amor estará morto
Provocarei tal discórdia e raiva que ele não suportará."
Após um ano se reuniram outra vez para ver o resultado.
O Mal Caráter disse:
Sinto , tentei tudo mas cada vez que eu semeava a discórdia
o amor a superava e seguia adiante
Então a ambição se apresentou,
e elardeando seu poder disse:
"Já que o mal caráter fracassou eu irei
desviarei a atenção do amor pelo desejo de riqueza e poder,
isso ele não vai ignorar."
No início a vítima caiu ferida.
mas depois de lutar
renunciou ao desejo de poder.
e triunfou mais uma vez.
Furioso com o fracasso,
O ódio enviou os ciúmes.
que inventou várias artimanhas
para despistar o amor;
semeando dúvidas e incertezas
Mas o amor chorou
e pensou com valentia e fortaleza
que não queria morrer
e venceu outra vez.
Ano após ano o ódio seguiu sua luta
enviando seus companheiros à luta
mandou a friesa, o egoismo,
a indiferença, a pobreza
até mesmo a doença
todos fracassaram
pois quando o amor sentia desfalecer
retomava as forças e vencia.
o ÓDIO  convencido, que o amor era invencível desistiu
Mas la no canto uma voz disse:
"Eu matarei o amor!"
Era um sentimento pouco conhecido,
que se vestia de negro com um grande chapéu
e faces como a da morte.
"Pois então vá!" Disse o ódio
Tempos depois o ódio reuniu a todos novamente.
então o sentimento negro disse:
" Aqui os entrego o amor, morto e destroçado"
e sem mais falar saiu.
Espera disse o ódio.
"Você o destruiu tão rapidamente,
quem és ?"


O sentimento retirou o chapéu e
mostrando seu rosto horrendo disse:
" Eu sou a rotina!"


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