Barganha com Deus






Sociologicamente se fala de neo-pentecostalismo como da "religião dos pobres". Com isso alude-se não só às pessoas que o iniciaram mas também ao fato de que entre os pobres a fé cristã costuma ser entendida e vivida de maneira diferente da das classes acomodadas. Os pobres não possuem livros, e mesmo que os tivessem não disporiam de tempo e de preparação para estudá-los. Isso leva a uma religião que dá pouca importância ao fator intelectual e muita ao emocional, aos sentimentos.

A Bíblia não ensina a fazermos uma barganha com Deus, não somos ensinados a ter que dar tanto para receber tanto. Deus não se condiciona aos nossos caprichos, quando nos abençoa é pela sua misericórdia e tudo que recebemos é por sua infinita graça, aliás os movimentos da fé, conhecem pouco acerca da doutrina da graça, uma doutrina tão defendida pelos reformadores, o Deus Todo Poderoso, que conhece tudo e que faz infinitamente mais do que pedimos ou pensamos, está sendo trocado por, um gênio da lâmpada, que só é buscado quando precisam de algum favor...

Entretanto, quando se faz uma pesquisa, por mais elementar, o que se constata é que as promessas da teologia da prosperidade não se cumprem, e, de fato, nem o poderiam, quando as regras da exegese e da hermenêutica são respeitadas, percebe-se, não há respaldo bíblico.

Espertezas..."Assim, quem tem fé tem tudo, quem não tem fé não tem nada." Antes, ter fé em Cristo colocava o sujeito na estrada da solidariedade, hoje, nesse tipo de pregação, o coloca no barranco da arrogância.

Toda "esperteza" está justificada e incentivada. Não é de estranhar que ética seja um artigo em falta na vida e no "shopping center" de fé desses "ministros" neopentecostais...

Ainda assistimos um bocado de gente tentando salvar as aparências, tentando defender os seus lideres de suas próprias mentiras e e deslizes éticos e morais; um mundo marcado pela ignorância e esquizofrenia.

"Porque o reino está dentro de vós" 
Mestre Jesus, o Cristo (Lucas 17.21) 

 


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