Modernizando a Maçonaria

 Modernizando a Maçonaria

  Artigo por Douglas M. Messimer, MI, Loja Tuckahoe 347


Às vezes é expresso o pensamento de que nós, como uma fraternidade no século 21, devemos modernizar a Maçonaria para "acompanhar os tempos". Se alguma importância pode ser atribuída a tais declarações, deve ser que a Maçonaria talvez não tenha sido devidamente interpretada ou compreendida.

O porquê da Maçonaria e o como ela é feita talvez sejam confusos na medida em que o plano de modernização também se torna uma questão complexa.

A Maçonaria é um modo de existência, uma maneira de conduzir sua vida. O que posso fazer para alterar as condições? Certamente, eu não posso fazer qualquer coisa sobre os fundamentos da vida, como respirar, andar ou dormir. Não posso melhorar os raios do sol, nem posso fazer nada para encontrar um substituto para a água.

Em todos os elementos fundamentais da vida, não consigo pensar em nenhum plano que possa modernizá-los. E assim, devo aceitar a Maçonaria como ela é, com sua história, tradições, princípios e propósitos. Devo julgar seu valor pelo que significou para a humanidade e para a sociedade, mas mais importante para mim mesmo.

A única mudança possível que posso influenciar é a maneira como aplico a Maçonaria à minha vida. O que a Maçonaria oferece ao maçom de hoje é tão necessário e valioso quanto era para os maçons de cem anos atrás. O que torna a sua filosofia preciosa hoje, é o mesmo há três séculos.


Que parte dela posso eliminar sem perder algo de valor verdadeiramente duradouro? O que posso colocar de volta nela que a tornará um sistema mais progressista? A modernização da Maçonaria deve ocorrer dentro do maçom individual. Neste sentido não há restrições. Há algum entendimento que posso ganhar hoje que não consegui ver ontem?

Aqui está a minha esperança, possam todos os maçons, através do fiel desempenho de seus deveres como membros do Ofício, por meio de um de um estudo mais cuidadoso e compreensão de nossa Instituição, encontrar uma nova apreciação, em vez de generalizar sobre o plano vago e indefinido de Modernizar a Maçonaria.

Cada um de nós deve procurar ardentemente e encontrar o que esta fraternidade de amigos e irmãos significa para nós. Confie em seu ofício o suficiente para admirá-lo, estudá-lo e aperfeiçoá-lo. Aplique em sua vida, vá em frente, melhore-se na Maçonaria.

Nota do Tradutor:



Pessoalmente não concordo completamente com o Irmão Douglas.

Por um lado, ele está correto, no sentido de que valores são imutáveis e que, como escola de valores, a maçonaria tem que ser imutável.


Por outro lado, a maneira de apresentar e de se aplicar estes valores pode e deve ser modernizada. Tomemos como exemplo o Livro das sagradas escrituras (a Bíblia). Ora, mesmo os não cristãos concordarão que é um livro cheio de sabedoria eterna. Todavia não é necessário mantê-lo e aplicá-lo em hebraico e grego até os dias de hoje.


Na maçonaria não se prega uma suposta modernização de valores, isso é um erro por definição, mas e os métodos? Antigamente não se imprimia os rituais, não se tinha templos, não se tinha obediências... Então a maçonaria não evoluiu? Evoluiu sim! E tem que continuar evoluindo! 

Nossa sociedade não se expressa da mesma maneira, as relações sociais não acontecem do mesmo modo.

Espiral Evolutiva

Sim, o ser humano (por mais que desejem negar isso) é o mesmo de milhares de anos atrás e os valores que devemos buscar seguem eternos. O que a Maçonaria tem que pensar é qual a melhor maneira de seguir sendo uma escola de moral útil e atual. 

Ela deve evoluir sua aparência para manter-se fiel à sua essência; ascendendo na espiral evolutiva. Se não o fizer, deixará de alcançar o coração de seus membros com sua mensagem preciosa e eterna.

Qual seriam as mudanças exatas? Qual o ponto de equilíbrio entre a posição do Irmão Douglas e a minha? Bem isso é uma resposta maior do que este Blog. Espero que a união de todos os irmãos que se debruçarem sobre esta questão nos ajude a chegar mais perto desta resposta.
Mas lembrem....

No Universo somente está parado aquilo que está morto ou estagnado!

 

Paulo Maurício M Magalhães

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